Quarentena coronavírus, o que significa?

quarentena coronavírus, o que significa?. A reflexão da @euexpressa sobre a quarentena (+- 2min 45s pra ler):

Quando voltei da minha viagem do feriado de carnaval, fiquei me questionando sobre o significado dos dias que viriam, da quaresma e o que o número 40 quer nos dizer nas tantas vezes em que ele aparece.

Fiz algumas pesquisas rápidas dentro do ônibus e tomei uma decisão: eu cumpriria a minha quaresma. Ainda que não seja – e nunca tenha sido – ligada a nenhuma religião, tô numa fase de querer experimentar o sabor real de alguns dos inúmeros contos sociais que são tão, mas tão conhecidos, que acabam chegando na gente de forma bem banal e superficial.

Isso não é um conceito. É um enigma. Arquétipos – O encontro com a sombra é um disco diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, fundador da psicologia analítica.

A quaresma

Li que a quaresma é, pra muitas religiões, um período de rezas, de perdão, de jejum (principalmente de carne, sabiam?! esse eu já faço há algum tempo… fiquei curiosa sobre o número de leitores e seguidores dos livros sagrados que seguem essa parte) e – aqui uma parte que me chamou muito a atenção – de transmutação!

Inclusive é por conta da representação de transmutação desse período que os padres no cristianismo usam estola roxa! E muitos templos são decorados com a cor roxa… no reiki também usamos a cor roxa pra transmutação.

Pandemia

Sem nem ter pistas da pandemia que estava por vir, iniciei minha quarentena: interna, é claro. Seriam 40 dias cumprindo promessas que fizesse a mim mesma. Falhei? Claro! Logo no primeiro baque emocional. Mas calma, eu pensei, é um período de auto perdão também.

O que eu não esperava é que o mundo inteiro começasse a falar sobre a tal quarentena. Justo no ano AND no período que eu comecei a estudar/pesquisar sobre um termo que nunca tinha feito sentido ou diferença pra mim. Fico louca quando essas coisas acontecem. É sincronicidade demais pro meu coração gemini-louco aguentar.

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Uma publicação compartilhada por Í ® (@literaoficial) em 17 de Mar, 2020 às 6:36 PDT

O lámem

Dentro das minhas milhares de pesquisas aleatórias (tipo agora mesmo, nessa semana, eu to lendo um livro, pesquisando artigos e vendo filmes sobre a importância do lámem para os japoneses e pq essa paixão deles pode nos ensinar a sermos mais felizes com a nossa rotina), achei legal compartilhar um pouco dessa… das ideias que li sobre a quarenta.

Se pensarmos no nosso planeta como Gaia, a mãe terra, podemos lembrar da quarentena de todas as mães após o parto. São 40 dias de recuperação.

Alguns dizem que é uma limpeza. Bom, se estávamos precisando limpar alguma coisa por aqui, parece que a hora chegou.

Na Lítera, em 2015, lançamos a pergunta “Vc já viveu um amor impossível?” e então todos passamos a viver amores impossíveis (sério!). Agora perguntamos “Vc tem coragem de encarar sua própria sombra?” e então estamos sendo obrigados a olhar pra ela.

Acho que a gente esquece que faz diferença. A gente esquece aquela lei básica de física sobre nenhuma energia sumir – só se transformar. Cada micro movimento não acaba depois que a gente faz, ele segue se transformando em outras coisas que vão alterando outras e modificando tudo em volta. É como uma gotinha que cai no oceano e fica formando umas ondas maiores ao redor, sabe quando isso acontece? Ninguém é mais especial, mas todo mundo faz uma diferença enorme aqui.

Pra explodir de vez meu cérebro apaixonado por números e conexões e teorias e maluquices: estamos no ano 2020… 20+20=40.

O que essa quarentena quer de mim? O que ela quer de nós? E mais… pq ela quer alguma coisa? Quem é “ela”? Que força é essa que está nos jogando pra dentro de nós mesmos e trazendo de volta pra fora, nos forçando a tomar decisões individuais que impactam tão fortemente no coletivo?

São os nossos 40 dias no deserto… já leram essa parte da bíblia? Conhecem esse conto?

Sei lá, mas nada me tira da cabeça que a resposta disso tudo tem muito a ver com o apreço pelo lámem dos japoneses. E pra não terminar parecendo um papo de louca: o amor pelo lámem vem de uma coisa chamada KODAWARI (“um termo para explicar a busca constante pela perfeição, com esforço, dedicação, compromisso, paixão e insistência, mas de forma leve e suave”).