Do Sarandi para o mundo

Além da arrebentação – Webserie da Lítera em Portugal…

Além da arrebentação – Webserie da Lítera em Portugal e França, os bastidores da turnê em 2017 em Portugal e França na turnê do álbum Caso Real.

Do Sarandi para o mundo

Muita música e histórias para contar e dividir com o público. A Martina Mombelli fez um maravilhoso registro da nossa história e transformou numa Webserie da Lítera com 12 episódios. Viajamos Portugal de ponta a ponta, depois Paris, na França, e vivemos situações realmente mágicas. Vem com a gente nessa viagem.

O que é uma Websérie?

Uma websérie ou webshow é uma série de episódios lançados na internet e faz parte de um novo meio de broadcasting chamado de web televisão. Uma única instância de um programa de websérie é chamada de um episódio. Sites como Netflix e como o YouTube e o MySpace permitem o alojamento e distribuição dos webséries.

Episódio 1 – PORTO ALEGRE – LISBOA

Proibiram de levar nossa caixa de som e confiscaram a nossa bateria pra ligar os instrumentos nos shows. Como ir pra Europa fazer shows nessa situação e sendo uma banda independente?

Episódio 2 – ÓBIDOS

ÁGUA DA PICA. Nunca digueis que dessa água não bebereis, pq vai q bebeis…

Episódio 3 – CASTELO DOS TEMPLÁRIOS, TOMAR

Nesse terceiro episódio, nos perdemos por uma cidadezinha medieval – que fomos só para dormir e seguir viagem, mas não conseguíamos sair dela!

Depois, paramos em um castelo templário, em Tomar, onde fomos recebidos por um guia apaixonado por aquela história e, apesar de o castelo estar fechado na hora em que chegamos, nos explicou e contou muitos causos templários. Nos indicou também subir no Aqueduto dos Pegões, pouquíssimo conhecido pelos turistas e lá tivemos uma das vistas mais incríveis de toda a viagem.

Episódio 4 – A ALDEIA MAIS PORTUGUESA

Dormimos na Casa da Galinhola, compramos pão do padeiro português e seguimos viagem para a aldeia mais portuguesa de Portugal. Chegando lá, descobrimos a casa do carrasco (Carrasco é o indivíduo responsável por executar uma sentença de morte), tumbas de visigodos (bem pequenininhas) e a estrutura de um castelo antiguíssimo, absurdamente fascinante.

Na época em que estávamos em Portugal, o país sofria os piores incêndios dos últimos 10 anos nas suas florestas e povoados. Quando estávamos a caminho de Monsanto, vimos os efeitos daquele fogo todo (que alguns dizem ser criminoso) pela primeira vez.

Episódio 5 – PORTO, PORTUGAL

Depois de 4 dias viajando em direção ao Norte de Portugal, conhecendo vilas e freguesias medievais, chegamos ao Porto. Fomos muitíssimo bem recebidos pela Cynthia Levitan e pelo Pedro Henrique Bitencourt. Sério, ainda nem sabemos como agradecer!

Lá, vimos diversas intervenções artísticas criticando o incentivo excessivo ao turismo sem um preparo devido pra isso, pois está gerando uma especulação imobiliária em que os moradores da cidade já não podem pagar por onde moravam há décadas. Os adesivos e pichações diziam “Morto.”, e isso só nos mostrou o quanto Porto e seu povo são e estão vivos.

Episódio 6 – NA TERRA DE AFONSO HENRIQUES

A gente tava no Porto e ainda tinha 1 day off antes do show na Casa da Música. Todo mundo sem grana, podre de cansado, os pés com bolhas e o André com um recorde de aftas na boca. Mas muito gratos por estar vivendo aquilo, loucos pra conhecer tudo que desse e aproveitar ao máximo a oportunidade de estar ali.

Juntamos as moedinhas pra fechar os 6 euros das passagens de ida e volta de cada um e fomos pra Guimarães, ver onde nasceu Portugal.

Episódio 7 – SHOW NA CASA DA MÚSICA

A gente não sabia que ia ser tão difícil ter que transmitir em vídeo o sentimento da gente nessa viagem. Embarcamos nela morrendo de medo de esquecer bateria, cartão de memória, equipamento, de não gravar um momento crucial…

Mas muito empolgados, quase que saltitando. Quando chegamos na frente da Casa da Música, onde seria o show principal da turnê, o primeiro pensamento foi: “Que foda!”, o segundo foi “A gente não vai dar conta”, e o terceiro deve ter sido mais ou menos “Bom, tomara que venha gente pra ver.”

Aquela casa com aquela arquitetura toda desregular parecia grande de mais pra gente caber ali. É difícil falar sobre o que a gente tava sentindo, mas dava pra notar, pelas caras e olhares e aftas e mãos suando, uma grande confusão entre não nos acharmos merecedores, termos muito medo e estarmos muito felizes. Sair do Sarandi e parar num lugar desses sendo a atração de encerramento do festival… não deve mesmo ser fácil de assimilar.

Episódio 8 – DO SAGRADO AO PROFANO

Qual a relação entre o profano de ir numa sex shop e o sagrado de, na mesma noite, se emocionar com um músico de rua cantando “Imagine” numa escadaria?

O sagrado nos atrai pelo mistério da criação. Mas não é justamente do profano que a gente nasce?

Episódio 9 – SOB A LUZ DE PARIS

Quando conhecemos a Dedé Ribeiro, ela nos contou um monte de histórias malucas e inspiradoras da época que morou em Paris. A gente falou que um dia ainda íamos ir juntos pra lá.

Um ano depois dessa conversa, por acaso ou destino, a nossa viagem caiu na mesma data das passagens que ela tinha comprado meses antes numa black friday.

Episódio 10 – É A JORNADA, NÃO O DESTINO

Às vezes, em uma viagem, parece que todas as experiências e coisas inusitadas que a gente vive foram pensadas especialmente para acontecerem com a gente. Mas, na verdade, o interessante é ver o pequeno espaço que a gente ocupa no mundo e entender que cada um, no seu particular, tá vivendo um sonho diferente ali.

E nenhum desses milhares de sonhos acontecendo ao mesmo tempo é mais ou menos especial que o outro. Então não importa o destino, mas sim o que a gente absorve e se torna a partir dele.

Episódio 11 – ALFAMA

Alfama significa “lugar que serve de asilo ou refúgio”. Alfama foi um bairro de judeus que lhes servia de refúgio. O seu nome provém do Árabe “al-hammâ” que significa “fonte de água quente”.

Estávamos muito cansados e, por acaso ou por destino, nosso último show em Lisboa era no Alfama. Serviu como refúgio, repouso de toda agitação e tumulto que vivemos nos últimos anos. Existia no ar uma sensação de que estávamos sendo preparados pra alguma outra coisa.

Episódio 12 – O MISTÉRIO DE QUEM CHEGA E PARTE

Toda despedida carrega um pouco de medo. Quando voltamos da Europa, nos despedíamos não só de uma viagem transformadora, mas também do Caso Real, um disco que nos acompanhou por pelo menos 3 anos. Felizes pela experiência, lamentando ir embora, muito gratos pela existência do Caso Real – pelo que nos trouxe e pelo que nos levou.

Valeu por tudo até aqui. Nos despedimos com carinho e muito respeito. De braços abertos para receber o Arquétipos, o encontro com a sombra.

Lançando o álbum Arquétipos – O encontro com a sombra

São 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, codificador da psicologia analítica. As composições falam sobre arquétipos, signos, símbolos e o encontro com as nossas sombras. Traçam a jornada do anti-herói no cotidiano, o inconsciente coletivo e a busca de si mesmo. Isso não é um conceito. É um enigma.

Arquétipos – O encontro com a sombra é um disco diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, fundador da psicologia analítica.