A ORIGEM DO CARNAVAL E O LADO ESPIRITUAL
A ORIGEM DO CARNAVAL É UM POUCO OBSCURA. Todos os estudos mostram que é uma festa pagã muito antiga. Mas que somente no ano 590 d.C., o Papa Gregório incorporou o Carnaval ao calendário das festas cristãs. Sabendo que a Quaresma é um período de quarenta dias de jejum e santificação entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa, o Carnaval foi oficializado como uma festa que se realiza antes da Quaresma.
Ouça Arquétipos – O encontro com a sombra é um álbum diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, fundador da psicologia analítica. Vc tem coragem de encarar a sua própria sombra?
Devido ao fato de que, no período seguinte, o católico não poderia comer carne, tudo seria consumido nos dias antecedentes, mesmo porque não existiam geladeiras para que pudessem guardá-la. Então, era uma espécie de “despedida da carne”. Em latim, a festa era chamada “carne vale”, que significa “adeus à carne”.
As pessoas comiam carne até vomitar e bebiam até cair.
Antes da santificação da Quaresma, as pessoas se entregavam também à liberação geral dos costumes, cometendo todo tipo de atos, principalmente sexuais.
Independente da sua religião, a grande maioria das pessoas acreditam que não somos somente esse corpo, mas temos um espírito que vai além dessa nossa vida terrena. Se reencarnamos ou não, é a concepção de cada um, mas o espírito está vivo de alguma forma em algum tempo ou espaço.
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Muitas pessoas morrem e não sabem disso, para quem assistiu ao filme “Sexto sentido”, é exatamente aquilo que acontece. Muitos morrem e perdem a ‘Porta da morte’, que é um portal que se abre para o espírito ir para outra dimensão além dessa que vivemos. Outros escolhem ficar por aqui, para auxiliar entes queridos e tem aqueles que não aceitam a morte e querem continuar a terem as vivencias terrenas.
Existem muito mais espíritos na Terra do que pessoas vivas, então estamos nos deparando com eles os tempos todo, a maioria de nós não pode vê-los, mas eles estão em todos os lugares, acreditem ou não.
Muitas religiões e estudiosos afirmam que nessa época do carnaval, abrem-se portais para que espíritos de todas as partes, principalmente os menos conscientes, virem para nossa realidade para se transformarem ou para “reviverem” as experiências terrenas.
No que isso pode nos afetar? Muitos desses espíritos, me atrevo a dizer a grande maioria deles, não aceitam a morte e querem sim curtir essa festa de exageros. E como eles podem chegar até nós? Através das nossas vibrações. Se estamos em paz, bem e alegres, esses espíritos não nos afetam. Mas se estamos com a vibração mais baixa, eles vão se aproximar e vão nos influenciar. Existe também a possibilidade de alguma pessoa com essa vibração mais baixa, acabar te incomodando também ou até mesmo te prejudicando.
MAS SE VOCÊ QUER CURTIR O SEU CARNAVAL, NÃO HÁ NADA DE ERRADO NISSO. MAS FAÇA ISSO COM CAUTELA E CONSCIÊNCIA.
Uma atitude bem comum no carnaval é transar com quem se tem vontade. Está errado? Não! Certo e errado é uma questão de ponto de vista.
E sobre a sexualidade, vamos lembrar que energia sexual que é a nossa energia vital, é a energia mais forte que existe, pois é a energia da criação da vida. Então a troca de energia é imensa em uma relação sexual, e ficamos com um pouco da energia da pessoa por um bom tempo, muitas vezes longo.
Um exercício simples e muito bom para fazer: Conheceu alguém e ficou com vontade de transar, pare um momento e pergunte a você e seu corpo (o seu corpo terá reações que irá lhe ajudar a perceber se algo é bom para você): Essa pessoa será uma contribuição para mim?
Eu vou me sentir bem depois de transar com ela? Vai ser leve e divertido? Se alguma dessas perguntas a resposta for não… Diga gratidão bye bye! Pois se insistir, isso lhe causará algum incomodo ou coisa pior, não é?
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Ou peça um sinal para seu protetor, faça uma oração e peça para Deus ou o que você acreditar, para lhe mostrar de alguma forma se será bom para você fazer sexo com a pessoa.
Além da vibração da pessoa que pode ser bem baixa, historicamente, fazíamos muitos pactos, contratos, acordos com várias energias e hierarquias em troca de poder, dinheiro, amor. Então podemos carregar essa energia densa sem nem mesmo sabermos, e ao fazermos sexo com alguém entramos no campo de energia da pessoa e podemos transferir e receber esse tipo de energia que não nos fará bem. E acho que ninguém aqui quer pegar problemas dos outros, não é mesmo?
ENTÃO PESSOAS LINDAS, SE DIVIRTAM E CURTAM O QUE ESCOLHEREM, NÃO HÁ NADA DE ERRADO NISSO.
Mas bebam muita água e perguntem se a pessoa será uma contribuição para você, e peçam um sinal antes de se envolverem sexualmente com alguém. Somos seres infinitos de infinitas possibilidades, a nossa vida e história são lindas, então devemos nos preservam, pois, o carnaval são somente 5 dias, mas temos os outros 360 dias do ano para vivermos com os nossas sentimentos, pensamentos e emoções.
Controle-se, equilibre-se, mantenha-se no constante “Orai e Vigiai”, porque se não for assim, você poderá estar alimentando o caos na Terra.
E que tal fazermos uma oração ou uma meditação para enviar luz e consciência para nós, o planeta e para as pessoas? O planeta e a humanidade agradecem.
Por: Karine Francisco
Lítera | MERGULHO – Marchinha de Carnaval
Somos co-responsáveis pelo psiquismo
Sabendo que o psiquismo é uma entidade viva criada e alimentada pelas energias oriundas dos pensamentos e sentimentos coletivos, chegamos ao entendimento que pensamentos e sentimentos negativos geram correntes de psiquismo negativo, quando for positivo obedece a mesma lei.
Portanto há na atmosfera planetária, diferentes correntes e densidades desse psiquismo, ou seja, existem camadas bem definidas. Toda energia gerada na propagação de um sentimento, abastecerá a corrente que esteja em mesma sintonia. Isso traz o entendimento que se você propagar raiva ira alimentar as correntes de raiva. Se propagar amor, ira igualmente alimentar o amor nessa atmosfera extrafísica, e assim sucessivamente.
Por essa ótica possível compreender que qualquer que seja o sentimento gerado, jamais passará despercebido, porque sempre, incessantemente irá alimentar uma corrente do psiquismo. Como o psiquismo induz atitudes e estimula comportamentos coletivos, logo quem o abastece (todos nós) passa a ser co-responsável pelos resultados. Parece assustador ao primeiro impacto, principalmente pelo fato da total responsabilidade que temos, todavia é a mais pura verdade.
Controle-se, equilibre-se, mantenha-se no constante “Orai e Vigiai”, porque se não for assim, você poderá estar alimentando o caos na Terra. Por um lado é triste perceber que não escapamos das conseqüências criadas por nossas atitudes, por outro, é animador saber que poderemos ter o controle dessa mudança de realidade que começa pela consciência das conseqüências de nossas ações.
Se você acordar de mal com a vida e reclamar do mundo, saiba que essa energia volta para você, porque você abastece as camadas do psiquismo global com essa atitude, e pode ser que um dia qualquer, sem que você perceba, mesmo que não esteja fazendo nada de errado, receba essa influência direta (que um dia você mesmo co-criou).
Se você deseja que os bandidos sejam punidos com pena de morte, você está alimentando o psiquismo que induz esse tipo de atitude e será co-responsável por esse karma. Se acha que todos os políticos são corruptos, está fortalecendo a corrupção. Se você acha que o Brasil não tem jeito, está ajudando a jogar uma pedra em nossa evolução.
Se não confia nas pessoas, está apoiando o psiquismo de desconfiança, que fará que mais pessoas continuem a desconfiar.
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Todos os nossos julgamentos, todas as emanações provocadas por nossas emoções abastecem inevitavelmente as correntes de psiquismo similares, evidenciando a necessidade de levarmos uma vida pautada na busca por evolução e reforma íntima, alinhados as lições dos Grandes Mestres, que nunca saem de moda.
DO CARNAVAL
O período do Carnaval brasileiro pode ser considerado sombrio, já que alimenta o psiquismo da promiscuidade, da hiper sexualidade, dos vícios de drogas, álcool. Estimula a profanação no sentido próprio da palavra, gerando grandes ondas de alienação, futilidade, que abastecem a atmosfera extra-física da terra de um padrão que muitas vezes demora seis meses para ser transmutado.
Assim como nossas orações purificam os ambientes, os fluidos densos do carnaval escurecem a aura do nosso país. As festas em geral são regadas a muita bebida, drogas e promiscuidade, que contribuem para a formação de um ambiente desregrado espiritualmente, onde os fluídos mais sutis são densificados. Você pode ser uma pessoa do bem, fazer o bem, pagar suas contas, ajudar ao próximo, mas isso não faz de você um inocente. Se você se entrega a esse estilo de “viver a vida”, inegavelmente estará alimentando o psiquismo que dá força ao astral inferior.
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Entendemos que é um costume, entendemos que é da nossa cultura, além disso, eu mesmo no passado já gostei muito de “curtir o carnaval”.
Cada um tem o seu tempo de compreender quais são os seus melhores caminhos, bem como, cada ser humano também tem o poder de desenvolver, a cada dia, novas formas de diversão. Nosso objetivo é alertar, lembrar que quando uma grande massa de pessoas mergulha profundamente em um estilo de diversão, isto pode gerar consequências, sejam elas positivas ou negativas.
O Carnaval é uma tradicional festa popular realizada em diferentes locais do mundo, sendo a mais celebrada no Brasil.
Apesar do forte secularismo presente no Carnaval, a festa é tradicionalmente ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma. O Carnaval não é uma invenção brasileira, pois sua origem remonta à Antiguidade.
A palavra Carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é “retirar a carne”. Esse sentido está relacionado ao jejum que deveria ser realizado durante a Quaresma e também ao controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de controlar os desejos dos fiéis.
Origem do Carnaval
Alguns estudiosos entendem o Carnaval como uma festa cristã, pois sua origem, na forma como entendemos a festa atualmente, tem relação direta com o jejum quaresmal. Isso não impede que sejam traçadas as origens históricas que nos mostram a influência que o Carnaval sofreu de outras festas que existiam na Antiguidade.
Na Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como Carnaval.
As Sacéias eram uma celebração em que um prisioneiro assumia, durante alguns dias, a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.
Outro rito era realizado pelo rei no período próximo ao equinócio da primavera, um momento de comemoração do ano novo na Mesopotâmia.
O ritual ocorria no templo de Marduk (um dos primeiros deuses mesopotâmicos), onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.
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O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao Carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao seu deus. Possivelmente a subversão de papéis sociais no Carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e outras práticas semelhantes, é associável a essa tradição mesopotâmica.
A associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos).
Seriam eles dedicados ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.
Havia ainda, em Roma, a Saturnália e a Lupercália. A primeira ocorria no solstício de inverno, em dezembro, e a segunda, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças. Os papéis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.
Cristianismo e Carnaval
As festas citadas eram, naturalmente, celebrações pagãs e eram extremamente populares. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos essas celebrações nas quais as pessoas entregavam-se aos prazeres mundanos. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.
A Igreja Católica, então, procurou ressignificá-las dando-lhes um senso mais cristão.
Durante a Alta Idade Média, foi criada a Quaresma — período de 40 dias antes da Páscoa caracterizado pelo jejum. Tempos depois, as festividades realizadas pelo povo foram concentradas nesse período e nomeadas carnis levale.
A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa. Nesse momento, o Carnaval estendia-se durante várias semanas, entre o Natal e a Páscoa.
Carnaval é um festival do cristianismo ocidental que ocorre antes da estação litúrgica da Quaresma.
Os principais eventos ocorrem tipicamente durante fevereiro ou início de março, durante o período historicamente conhecido como Tempo da Septuagésima (ou pré-quaresma).
O Carnaval normalmente envolve uma festa pública e/ou desfile combinando alguns elementos circenses, máscaras e uma festa de rua pública.
As pessoas usam trajes durante muitas dessas celebrações, permitindo-lhes perder a sua individualidade cotidiana e experimentar um sentido elevado de unidade social.
Bloco do Amor Impossível da Lítera na Cidade Baixa, Porto Alegre – verão de 2017
Nos países historicamente luteranos como por exemplo a Suécia, a Noruega e a Estônia (entre outras nações) a celebração é conhecida como Fastelavn e em áreas com uma alta concentração de anglicanos e metodistas (como a Grã-Bretanha e o sul dos Estados Unidos), as celebrações pré-quaresmais, juntamente com observâncias penitenciais, ocorrem na terça-feira de carnaval.
Nas nações eslavas ortodoxas orientais, o Maslenitsa é celebrado durante a última semana antes da Grande Quaresma.
Na Europa de língua alemã e nos Países Baixos, a temporada de Carnaval tradicionalmente abre no 11/11 (muitas vezes às 11:11 a.m.). Isto remonta a celebrações antes da época de Advento ou com celebrações de colheita da Festa de São Martinho.
Festa do Navigium Isidis, comemorada na Roma Antiga em homenagem a deusa Ísis.
O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo.
Cidades como Nice, Santa Cruz de Tenerife, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspiraram no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas.
Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque.
Etimologia
As etimologias populares afirmam que a palavra vem da expressão do latim tardio carne vale, que significa “adeus à carne”, significando o período de jejum que se aproxima. No entanto, esta interpretação não é apoiada por provas filológicas.
A expressão carne levare do italiano é uma possível origem, que significa “remover a carne”, uma vez que a carne é proibida durante a Quaresma.
História
Entre os antigos egípcios havia as festas de Ísis e do boi Ápis; entre os hebreus, a festa das sortes; entre os gregos antigos, as bacanais; na Roma Antiga, as lupercais, as saturnais. Festins, músicas estridentes, danças, disfarces e licenciosidade formavam o fundo destes regozijos. Pelo seu lado, os gauleses tinham festas análogas, especialmente a grande festa do inverno a que é marcada pelo adeus à carne que a partir dela se fazia um grande período de abstinência e jejum, como o seu próprio nome em latim “carnis levale” o indica.
Outros estudiosos defendem a origem do nome romano para a festa do Navigium Isidis (“navio de Isis”), onde a imagem de Ísis era levada à praia para abençoar o início da temporada de velejamento.
O festival consistia em um desfile de máscaras que seguia um barco de madeira decorado, possivelmente a origem dos carros alegóricos dos carnavais modernos.
Do ponto de vista antropológico, o carnaval é um ritual de reversão, no qual os papéis sociais são invertidos e as normas de comportamento são suspensas.
Na Antiguidade
Os povos consideravam o inverno como um reino de espíritos que precisavam serem expulsos para que o verão voltasse. O Carnaval pode assim ser considerado como um rito de passagem da escuridão para a luz, do inverno ao verão: uma celebração de fertilidade, a primeira festa de primavera do ano novo.
Nerto, deusa germânica da fertilidade.
Várias tribos germânicas celebravam o retorno da luz do dia.
O inverno seria afastado, para se certificar de que a fertilidade poderia retornar na primavera. Uma figura central desse ritual era possivelmente a deusa da fertilidade Nerto. Além disso, há indicações de que a efígie de Nerto ou Frey era colocada em um navio com rodas e acompanhada por uma procissão de pessoas disfarçadas de animais e homens vestidos de mulheres.
A bordo do navio um casamento seria consumado como um ritual de fertilidade.
Tácito escreveu em sua obra Germânia: “Os germânicos, no entanto, não consideram consistente com a grandeza dos seres celestiais confinar os deuses dentro de muros, ou compará-los à forma de qualquer rosto humano.”
“Depois, o carro, as vestes e, se você quiser acreditar, a própria divindade, são purificados em um lago secreto”.
Tradicionalmente, a festa também era uma época para satisfazer desejos sexuais, que deveriam ser suprimidos durante o jejum seguinte.
Idade Média
Em muitos sermões e textos cristãos, o exemplo de uma embarcação é usado para explicar a doutrina cristã: “a nave da igreja do batismo”, “o navio de Maria”, etc.
Os escritos mostram que eram realizadas procissões com carruagens semelhantes a navios e festas suntuosas eram celebradas na véspera da Quaresma ou a saudação da primavera no início da Idade Média.
No entanto, a Igreja Católica condenava o que chamava de “devastação diabólica” e “rituais pagãos”. Já no ano 325, o Primeiro Concílio de Niceia tentou acabar com estas festas pagãs.
A Luta entre o Carnaval e a Quaresma (1559) — Pieter Bruegel (1564-1638) — Kunsthistorisches Museum, Viena
O período quaresmal do calendário litúrgico, as seis semanas imediatamente anteriores à Páscoa, foi historicamente marcado pelo jejum, estudo e outras práticas piedosas ou penitenciais.
Durante a Quaresma, não havia festas ou celebrações e as pessoas se abstinham de comer alimentos ricos, como carne, laticínios, gordura e açúcar. As primeiras três classes eram muitas vezes totalmente indisponíveis durante o final do inverno.
O Carnaval na Idade Média levava não durava apenas alguns dias, mas quase todo o período entre o Natal e o início da Quaresma. Nesses dois meses, as populações católicas usavam as várias férias católicas como uma saída para suas frustrações diárias.
Muitos sínodos e conselhos tentaram definir regras para o festival. Cesário de Arles (470-542) protestou por volta do ano 500 em seus sermões contra as práticas pagãs.
Séculos mais tarde, suas declarações foram adaptadas como os blocos de construção do Indiculus superstitionum et paganiarum (“pequeno índice de práticas supersticiosas e pagãs”), que foi redigido pelo Sínodo de Leptines em 742.
Ele condenou o Spurcalibus en februario. O Papa Gregório Magno (590-604) decidiu que o jejum começaria na quarta-feira de cinzas. Todo o evento carnavalesco era estabelecido antes do jejum, para criar uma divisão clara entre o pagão e o costume cristão.
Também era costume durante o Carnaval que a classe dominante fosse zombada usando máscaras e disfarces.
No ano 743, o sínodo em Leptines (Leptines próximo de Binche na Bélgica) falou furiosamente sobre os excessos no mês de fevereiro. Também a partir do mesmo período data a frase: “Quem em fevereiro por uma variedade de atos menos honrosos tenta expulsar o inverno não é um cristão, mas um pagão.”
Livros de confissão de cerca do ano 800 contêm mais informações sobre como as pessoas vestiam-se como animais ou idosos durante as festas em janeiro e fevereiro, mesmo que isto fosse considerado um pecado.
Também em Espanha, San Isidoro de Sevilha queixou-se em seus escritos no século VII de pessoas saindo pelas ruas disfarçadas, em muitos casos como o gênero oposto.
Cristianização
Gradualmente, a autoridade eclesiástica começou a perceber que o resultado desejado não poderia ser alcançado através da proibição das tradições, o que acabou levando a um grau de cristianização da festividade. Os festivais passaram então a fazer parte da liturgia e do ano litúrgico.
Embora formando uma parte integrante do calendário cristão, particularmente em regiões católicas, muitas tradições carnavalesas se assemelham àquelas do período pré-cristão.
Acredita-se que o Carnaval italiano seja em parte derivado das festividades romanas antigas da Saturnalia e da Bacchanalia. As Saturnálias, por sua vez, podem ser baseadas nas festas dionisíacas da Grécia Antiga e em festivais orientais.
Enquanto desfiles medievais e festivais como Corpus Christi eram sancionados pela Igreja, o Carnaval também era uma manifestação da cultura folclórica medieval. Muitos costumes locais do Carnaval podem derivar de rituais pré-cristãos locais, tais como os ritos elaborados que envolvem figuras mascaradas no Fastnacht germânico.
No entanto, evidências ainda são insuficientes para estabelecer uma origem direta da Saturnália ou outras festas antigas com o Carnaval.
Não existem relatos completos de saturnais e as características da festa, como reviravoltas de papéis sociais, igualdade social temporária, máscaras e rompimento de regras permitidas, não constituem necessariamente aspectos coerentes com esses festivais.
Essas semelhanças podem representar um reservatório de recursos culturais que podem incorporar múltiplos significados e funções. Por exemplo, a Páscoa começa com a ressurreição de Jesus, seguida por um período liminar que termina com o renascimento.
O Carnaval inverte isto com o “Rei Carnaval”, que ganha vida e um período liminar que segue antes de sua morte. Ambas as festas são calculadas pelo calendário lunar.
Tanto Jesus quanto o “Rei Carnaval” podem ser vistos como figuras expiadoras que fazem um presente ao povo com suas mortes.
No caso de Jesus, o dom é a vida eterna no céu, e no caso do Rei Carnaval, o reconhecimento de que a morte é uma parte necessária do ciclo da vida.
Além do antijudaísmo cristão, as semelhanças entre rituais e imagens da Igreja e do Carnaval sugerem uma raiz comum. A paixão de Cristo é grotesca: desde o início do cristianismo, Cristo é considerado vítima de um julgamento sumário e é torturado e executado por romanos diante de uma multidão judaica (“Seu sangue está sobre nós e sobre nossos filhos!” Mateus 27: 24-25 ).
As procissões da Semana Santa na Espanha incluem multidões que insultam vociferamente a figura de Jesus. A irreverência, a paródia, a degradação e o riso em uma efígie tragicômica de Deus podem ser vistos como intensificações da ordem sagrada.
Em 1466, a Igreja Católica sob o Papa Paulo II reviveu os costumes do carnaval de Saturnália: os judeus foram forçados a correr nus pelas ruas da cidade de Roma. “Antes de correrem, os judeus eram ricamente alimentados, de modo a tornar a corrida mais difícil para eles e ao mesmo tempo mais divertida para os espectadores.
Eles correram … entre os gritos sarcásticos e risadas de Roma, enquanto o Santo Padre estava sobre um balcão ricamente ornamentado enquanto ria de coração”, relata uma testemunha ocular.
Algumas das tradições mais conhecidas, incluindo desfiles e máscaras, foram registradas pela primeira vez na Itália medieval. O Carnaval de Veneza foi, durante muito tempo, o Carnaval mais famoso (embora Napoleão tenha abolido a festa em 1797 e só em 1979 a tradição restaurada tenha sido restaurada).
Da Itália, as tradições do Carnaval se espalharam para Espanha, Portugal e França, e da França para a Nova França na América do Norte.
De Espanha e Portugal, se espalhou com a colonização para o Caribe e a América Latina. No início do século XIX na Renânia alemã e Países Baixos do Sul, a tradição medieval enfraquecida também foi revivida.
Continuamente nos séculos XVIII e XIX, como parte dos abusos cometidos contra judeus na Saturnalia em Roma, rabinos de guetos eram forçados a marchar através das ruas da cidade usando trajes ridículos, sendo expostos à multidão.
Uma petição da comunidade judaica de Roma enviada em 1836 ao Papa Gregório XVI para parar com os abusos anuais saturnalistas obteve uma negação: “Não é oportuno fazer qualquer inovação”. Na Renânia em 1823, o primeiro desfile de Carnaval moderno ocorreu em Colônia.
Bloco do amor impossível
Criamos um bloco de carnaval pra cantar marchinhas. A ideia de gravar essas versões surgiu de uma brincadeira, quando criamos o Bloco do Amor Impossível.
No carnaval durante a turnê do Caso Real, saímos pelas ruas de Porto Alegre, Pelotas e Florianópolis com nosso estandarte, juntando foliões e muitas histórias de amor impossível. A empolgação era tanta que resolvemos tocar uma versão em marchinha durante um show.
A música já faz parte de playlists de carnaval pelo país, pois disponibilizamos cifra e letra para outros blocos, bandas, DJs e festas de carnaval.
A versão, que conta com a produção musical de Bibiana Petek e foi lançada pela Loop Discos, está disponível no nosso Spotify e em todas as plataformas digitais.
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Bloco de carnaval em Santo Antonio de Lisboa, Santa Catarina
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