Praça Raul Pilla era Local de tortura durante regime…
A praça Raul Pilla que fica no Cento Histórico de Porto Alegre, na esquina da Duque de Caxias com a av. João Pessoa, foi um local de tortura durante o regime militar em Porto Alegre.
Antes de ser uma praça, o terreno tinha um grande prédio do 8ª Batalhão de Infantaria e, posteriormente, nos anos 50, virou a sede da 6ª Companhia de Polícia do Exército, quartel onde servia o capitão Carlos Lamarca – que desertou em 1969 para aderir à luta armada contra o regime militar.
Carlos Lamarca aparece como procurado em um cartaz.
Raul Pilla foi médico, jornalista e professor.
Raul Pilla foi um dos líderes da Revolução de 1923 (conflito civil entre chimangos e maragatos) e participou ativamente da Revolução de 1930. Dizem que seu nome que gerou o termo gaúcho “pila” para se referir ao dinheiro.
Raul Pilla (1892 – 1973)
O golpe de 1964 em Porto Alegre.
Neste local, muitas pessoas foram torturadas e assassinadas durante a Ditadura Militar durante o golpe de 1964, entre elas o sargento rebelado Manoel Raimundo Soares, que lá esteve preso antes de ser encaminhado para ao DOPS, no caso que ficou conhecido como “Mãos Amarradas“.
Também foi detido no quartel foi o coronel da Aeronáutica Alfredo Ribeiro Daudt, que um pouco antes do golpe, durante a Campanha da Legalidade.
Nos anos 70, após o quartel ter sido demolido para a construção do viaduto José Loureiro da Silva, a área da atual praça virou um grande estacionamento.
Foto atual da Praça Raul Pilla.
Estudantes vs militares.
Em 1977, foi palco de um momento emblemático na história do Movimento Estudantil Gaúcho, numa passeata contra a ditadura, cerca de 3 mil estudantes se juntaram na Casa do Estudante (ainda no mesmo endereço, na João Pessoa).
Na Praça Raul Pilla, estavam concentrados os soldados da força de segurança, cerca de 2,5 mil homens (de acordo com os jornais da época).
O confronto terminou com 32 presos e 4 policiais feridos. Era o auge do Ato Institucional N° 5 (AI-5) e o Decreto Lei 477, que restringiam e proibiam as ações dos estudantes.
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“Segundo Portal da Nova Era”. Escultura de ferro feita por Luis Affonso.
Porto Alegre, Quartel do Exército onde hoje é a Praça Raul Pilla na Av. João Pessoa com Rua André da Rocha em 1957.
O caso das mãos amarradas.
Um dos casos mais conhecidos que envolvem o presídio da Ilha do Presídio foi o do sargento Manoel Raymundo Soares, que 5 meses após a sua prisão, feita pelo DOPS, foi encontrado morto nas águas do lago Guaíba, com as mãos amarradas às costas. O caso amplamente divulgado na época ficou conhecido como “O caso das mãos amarradas“.
Estima-se que entre as décadas de 60 e 70 mais de cem pessoas tenham sido presas no local por motivos políticos.
Dica de leitura: O Sargento, o Marechal e o Faquir, Rafael Guimaraens
Largo da Forca – Lendas Urbanas: Enforcamentos em Porto Alegre
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