
E não é que tinha mais uma relíquia escondida?…
E não é que tinha mais uma relíquia escondida? Lítera no Castelinho do Alto da Bronze. Depois de encontrar o clipe inédito de “Dois”, o Rodrigo vasculhou mais arquivos antigos e… sim, achou mais um tesouro esquecido: o clipe nunca lançado de “Lá Se Foi”, também gravado em 2009.
O cenário? Nada menos que o Castelinho do Alto da Bronze, em Porto Alegre — um dos lugares mais emblemáticos da cidade. Um casarão histórico, cheio de charme e mistério, que faz parte do imaginário da capital gaúcha com suas lendas, memórias e presença marcante na paisagem urbana.
Esse clipe foi mais uma das experiências que vivemos nos nossos primeiros anos, cheios de coragem e poucos recursos, tentando fazer arte com o que tínhamos. Por motivos da vida (e da correria de quem está começando), o material acabou nunca sendo lançado… e se perdeu no tempo.
Mas hoje ele reaparece — e acreditamos que seja o único clipe já gravado no Castelinho do Alto da Bronze. Mais um fragmento da nossa história que queremos dividir com vocês. Assista com olhos atentos, porque o passado ainda tem muito a contar.
Música: Lá Se Foi
Artista: Lítera | Composição: André Hernandez e Thiago Marques
Álbum: Um Pouco de Cada Dia (2009)
A prisioneira do Castelinho do Alto da Bronze
O prédio é um bizarro exemplar da arquitetura medieval, com paredões de pedra e janelas em estilo gótico, e foi construído no fim dos anos 1940, a pedido do político Carlos Eurico Gomes para viver com sua amante, uma jovem de 18 anos.
Caminhada Cultural da Porto Alegre Mal Assombrada, acontece 2 vezes por mês desde 2018.
O político Carlos Eurico Gomes, que em 1940 se apaixonou doentilmente por Nilza Linck, uma moça de 18 anos e decidiu a manter enclausurada no Castelinho do Alto da Bronze, que curiosamente fica na mesma rua da lenda do Açougue Canibal, no cruzamento da Rua Fernando Machado com a Rua General Vasco Alves.
Eurico e Nilza moraram juntos no castelinho durante quatro anos. Ele era extremamente ciumento e, ela ficava no terceiro andar sem poder descer e nem se aproximar das janelas. Depois de alguns anos ela conseguiu fugir do castelo, após muitas ameaças e tentativas de morte.
Aos 86 anos Nilza voltou ao castelo.