Muito prazer, Hernandez. Hoje conversei com uma amiga, uma pessoa que eu confio muito, e bati o martelo em algumas coisas. Primeiro, decidi que vou realmente me chamar Hernandez na carreira solo. Nas palavras dela, é muito “sonoro”.

Sim, estou me jogando numa carreira solo, agora oficial e real.

Sempre tive banda, nunca me vi fazendo nada sem uma banda, mas durante a pausa da Lítera senti esse chamado.

Buscar como eu ia me chamar nesse processo foi muito importante. Hernandez é meu nome de batismo, tem as origens espanholas da minha família, que atravessou o Atlântico e desembarcou no Uruguai, depois na Zona Sul do Brasil, na fronteira com os castelhanos e, quando me dei por gente, estava no Sarandi, bairro da Zona Norte da capital do estado, Porto Alegre.

Não sou daqui

Não me pareço com a classe artística do Bom Fim nem do Centro, muito menos do Menino Deus, não tenho parentes importantes… sou um cara da Zona Norte, sempre fui, vejo as coisas por outro prisma, canto com o dialeto de onde eu vim.

A numerologia já apontava esse caminho. Ainda não sei exatamente como vão ser as canções, mas quero e estou escrevendo muito sobre o lugar onde cresci, frustações, paixões, medos, crises de identidade, minha visão de sociedade, entre outras coisas que estão vindo desde os meus tempos de guri.

Para aqueles que me conhecem da Lítera, que se identificam com o que eu fiz lá, convido a me seguirem nesse novo momento de carreira, tão delicado e ultra renovador.

Quem tá afim? Vamo?

Dale!

Com amor, André Neto (ou já seria Hernandez?)

Porto Alegre, outono de 2021. Sol em Touro, Lua Minguante em Aquário.