O que é a sombra?
O que é a sombra? O arquétipo da sombra representa, de acordo com a psicologia analítica de Carl Jung, o “lado sombrio” da nossa personalidade. É o submundo conturbado da nossa psique que contém os nossos sentimentos mais primitivos, os egoísmos mais afiados, os instintos mais reprimidos e aquele “eu escondido” que a mente consciente rejeita e que nos mergulha nos abismos mais profundos do nosso ser.
NOVO ÁLBUM DA LÍTERA
Ouça agora Arquétipos – O encontro com a sombra. Esse álbum é uma obra diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung:
O lado Sujo
O conceito da sombra e sua assimilação remetem à flor de lótus que nasce da lama, mas não se contamina, florescendo linda e bela. Aceitar, compreender e integrar o lado sujo e enlameado da alma humana é fazer o trabalho sujo. Nossa sociedade nega o mal, nos faz viver de aparências. Mas somente quando decidimos limpar nossa própria fossa é que a alma pode florescer.
Carl Gustav Jung foi um dos maiores estudiosos da vida interior do homem e tomou a si mesmo como matéria prima de suas descobertas – suas experiências e suas emoções estão descritas no livro “Memórias, Sonhos e Reflexões”.
A nossa sombra pessoal, que nos assusta, que causa terror, medo, angustia. Não somos o que pensamos ser, nosso ego nos ilude, criando a ilusão de sermos bem polidos, iluminados e respeitáveis.
Ninguém se ilumina imaginando figuras de luz, mas se conscientizando da escuridão”.
– Carl Jung –
Todos nós já ouvimos falar desse conceito, do arquétipo da sombra que de alguma forma continua a ser usado na psicologia para falar sobre esse confronto: o sentimento de disputa que às vezes travamos com nós mesmos quando trabalhamos com as nossas frustrações, com os nossos medos, inseguranças ou ressentimentos.
Ouça agora Arquétipos – O encontro com a sombra. Esse álbum é uma obra diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung:
Jung explicou que existem diferentes tipos de sombras e que uma maneira de alcançar o bem-estar, a cura e a liberdade pessoal é torná-las conscientes e enfrentando todas elas.
A sombra constitui um problema de ordem moral que desafia a personalidade do eu como um todo, pois ninguém é capaz de tomar consciência desta realidade sem dispender energias morais. Mas nesta tomada de consciência da sombra trata-se de reconhecer os aspectos obscuros da personalidade, tais como existem na realidade.
Para aceitar e assimilar a sombra a pessoa precisa ter muita coragem, muita força e muito amor. Amor pelo seu lado negativo.
“Infelizmente, não há dúvida de que o homem não é, em geral, tão bom quanto imagina ou gostaria de ser. Todo mundo tem uma sombra, e quanto mais escondida ela está da vida consciente do indivíduo, mais escura e densa ela se tornará. De qualquer forma, é um dos nossos piores obstáculos, já que frustra as nossas ações bem intencionadas.”
– Carl Jung –
O arquétipo da sombra: o lado escuro do ser humano
O arquétipo da sombra está relacionado ao conceito de inconsciente formulado por Freud. No entanto, contém nuances únicas que a diferenciam de forma considerável e que a enriquecem. Não podemos esquecer que o que começou como um idílio intelectual entre Freud e Jung acabou esfriando, até o ponto de Jung dizer que o pai da psicanálise era “uma figura trágica, um grande homem, mas uma pessoa com a qual ele não concordava”.
Jung desenvolveu o seu próprio método de trabalho, a psicologia analítica. Ele deixou de lado o sofá e essa relação assimétrica entre terapeuta e paciente para desenvolver uma terapia baseada na conversa, investigar a estrutura da psique e o inconsciente onde os arquétipos navegam. Entre todos eles, aquele que poderia ter o maior valor terapêutico era, sem dúvida, o arquétipo da sombra. Vejamos as suas características:
A sombra: uma presença conhecida, mas reprimida
A “sombra” foi um termo que Jung pegou emprestado de Friedrich Nietzsche. Essa ideia representava a personalidade oculta que cada pessoa possui. À primeira vista, a maioria de nós aparenta (e nos percebemos) como seres bons e nobres. No entanto, no nosso interior há certas dimensões reprimidas, onde se escondem os instintos hereditários, a violência, a raiva ou ódio.
A sombra pessoal contém, portanto, todos os tipos de potencialidades não-desenvolvidas e não-expressas. Ela é aquela parte do inconsciente que complementa o ego e representa as características que a personalidade consciente recusa-se a admitir e, portanto, negligencia, esquece e enterra… até redescobri-las em confrontos desagradáveis com os outros.
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Sobre reprimir
O arquétipo da sombra não vive somente dentro de cada pessoa. Às vezes, também está presente em “grupos de pessoas”, em seitas, em alguns tipos de religiões ou mesmo em partidos políticos. São organizações que podem, em um determinado momento, lançar a sua sombra à luz para justificar atos violentos contra a própria humanidade.
A sombra se torna mais destrutiva, insidiosa e perigosa quando a “reprimimos”. De acordo com Carl Jung, quando ela se projeta aparecem os distúrbios como a neurose ou a psicose.
Da mesma forma, Jung diferenciou o arquétipo da sombra em dois tipos. O primeiro é a sombra pessoal, que todos nós carregamos como as nossas pequenas frustrações, medos, egoísmo e dinâmicas negativas mais comuns. No entanto, haveria também a sombra impessoal, que conteria a essência do mal mais arquetípico, aquele que acompanha os genocídios, assassinos implacáveis, etc.
Como enfrentar a nossa própria sombra?
É muito provável que a teoria do arquétipo da sombra de Jung seja interessante para nós em um nível teórico, que tenha o seu encanto, a sua essência metafórica e o seu misticismo. Todos nós vemos nesta figura a representação mais clássica do tabu, da maldade e da dimensão tenebrosa da personalidade humana que sempre desperta um grande interesse. No entanto, podemos tirar da sombra alguma aplicabilidade prática no nosso dia a dia?
“Conhecer a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com a escuridão dos outros.”
– C.G. Jung —
A resposta é “sim”. Como disse o pai da psicologia analítica em livros como “Arquétipos e Inconsciente Coletivo”, a nossa tarefa na vida é nos aceitarmos plenamente e integrar “a nossa sombra” na personalidade para torná-la consciente e trabalhar com ela, encarando-a de frente. Desprezá-la, permitir que ela continue no nosso universo inconsciente, pode roubar o nosso equilíbrio e a oportunidade de sermos felizes.
Personalidade
Não podemos esquecer quais são os tipos de dinâmicas que compõem esse conceito que chamamos de sombra: aqui estão os nossos medos, os traumas do passado, as decepções que nos envenenam, os sonhos não realizados pela indecisão e que se tornam tubarões frustrados navegando na nossa personalidade. Se os escondemos, esses demônios internos adquirem maior ferocidade e, se os silenciarmos, eles acabarão nos controlando, projetando sobre os outros, em muitos casos, uma imagem de nós mesmos que não gostamos.
Portanto, não podemos esquecer que o nosso crescimento pessoal e o nosso bem-estar psicológico dependerão sempre da nossa capacidade de iluminar essas sombras. Depois desse ato de coragem, se iniciará um trabalho delicado, mas valioso, para nos curar, para encontrarmos a calma.
Ouça agora Arquétipos – O encontro com a sombra. Esse álbum é uma obra diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung:
Compartilhando histórias
Nas pesquisas para a composição do nosso novo disco “Arquétipos O encontro com a sombra”, acabamos descobrindo um monte de histórias esquecidas da nossa cidade… decidimos compartilhar com quem mais quisesse ouvir!
Então, montamos uma agenda até o final de outubro para rolar a caminhada “Porto Alegre Mal Assombrada” todos os sábados (todos esgotados) e domingos! Só mudamos um pouco o sistema: as inscrições agora serão online, através de um site.
Para se inscrever é só clicar aqui!
Corre que as primeiras datas já esgotaram todas as vagas!
Quem somos nós, quem faz as caminhadas?
A Lítera é uma banda que sempre teve como característica fazer álbuns esteticamente conceituais, trazendo significados além da música. Fomos nós que espalhamos 52 mil adesivos pelo mundo com a pergunta “vc já viveu um amor impossível?”, que só mais tarde virou música. A gente vive um amor impossível com a cidade e que se confunde com a nossa jornada, com a nossa história, as pessoas, os amores, as paixões, os cafés e os sonhos.
Pra nós, não interessa discutir a história de uma forma científica e fria. Estamos atrás da emoção, da aventura. Quando assistimos Harry Potter, não dá pra ficar pensando: “nossa, mas é impossível voar com uma vassoura…”. Pra nós, o mais importante é o lúdico, a mensagem por trás dos símbolos, os enigmas, as chaves secretas.
Como surgiu a ideia?
A ideia surgiu a partir da pesquisa da banda para o terceiro disco e o inconsciente coletivo de Porto Alegre. Quais são os arquétipos de quem vive/nasce aqui? O que gira nesta egrégora do paralelo 30? O que a cultura e nossos ancestrais nos deixaram ou estão tentando nos dizer?
Lançando o álbum Arquétipos – O encontro com a sombra
São 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, codificador da psicologia analítica. As composições falam sobre arquétipos, signos, símbolos e o encontro com as nossas sombras. Traçam a jornada do anti-herói no cotidiano, o inconsciente coletivo e a busca de si mesmo. Isso não é um conceito. É um enigma. O álbum oficial vai ser lançado em outubro de 2019.
Como participar?
Entre no site, escolha o sábado da sua preferência e preencha seus dados: https://www.eventbrite.com.br/e/porto-alegre-mal-assombrada-historias-macabras-e-rejeitadas-tickets-66369345499
AVISO / TW
Durante o passeio, surgem histórias de suicídio, racismo e cárcere privado. Se isso ativa algum gatilho mental prejudicial em você, recomendamos que não participe do evento.
O Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
> Ligue para 188 <
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