O que filme Divertida Mente ajuda a compreender da…
O que filme Divertida Mente ajuda a compreender da relação com os pais? Quanto mais uma pessoa rejeita os pais, mais irá imitá-los. Nosso novo álbum passa por muitas das lições que contem na história desse filme.
Ouça agora Arquétipos – O encontro com a sombra é um disco diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung:
Emoções primárias e secundárias
Você sabe quais são as emoções primárias e secundárias? Normalmente, não paramos para pensar. Apenas sentimos diversos tipos de sentimentos, sem saber ao certo qual a origem de cada um. Assim como um videogame, as emoções humanas passam por diversas fases, sendo que tudo isso inicia ainda em nossa infância e vai se desenvolvendo conforme vamos crescendo e introjetando crenças em relação à nós mesmos, as pessoas ao nosso redor e ao mundo em que vivemos.
O filme Divertida Mente nos ajuda a compreender de forma muito lúdica e criativa as diferenças entre os sentimentos primários e secundários. A animação também ajuda a entender a relação das nossas emoções primárias com as demais.
Lógico que não temos apenas cinco emoções, mas a abordagem da Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho foi incrível. O filme mostra muito mais que as mudanças da pequena Riley, faz com que a gente reflita sobre nossas emoções e procure entender a formação das nossas vozes internas.
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O alemão Bert Hellinger, psicoterapeuta e criador da psicoterapia sistêmica denominada Constelação Familiar, fala sobre a diferenciação dos sentimentos em seu livro “O Reconhecimento das Ordens do Amor”. Em uma conversa com a jornalista que publicou o livro juntamente com ele, Gabriela Ten Hövel, Hellinger diz que diferencia os sentimentos primários dos secundários. Afirma que os sentimentos secundários servem como substitutos dos primários.
Mas quem te ensinou, por exemplo, que você deve ter vergonha de algo?
Quem disse que você deve sentir culpa depois de comer seu chocolate preferido? E quem disse que você deveria se lamentar e ficar triste todas as vezes que algo não tão bom acontecesse? Tudo isso está tão arraigado nos comportamentos emocionais herdados que não refletimos se nossas emoções primárias e secundárias realmente estão contribuindo para o nosso bem-estar.
Neste sentido, segundo Damásio (2000), as emoções são um meio natural de avaliar o ambiente que nos rodeia e de reagir de forma adaptativa. Para isso, é importante entender a origem destas emoções, pois é uma forma de entender como elas dão origem a outros sentimentos.
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Emoções Primárias
Alegria, tristeza, raiva e medo: são as nossas quatro emoções primárias, ou seja, aquelas que dão origem e influenciam todas as outras e que desenvolvemos na infância ainda. Segundo Ballone, estes impulsos estão diretamente relacionados ao instinto de sobrevivência do ser humano e são da sua própria natureza, ou seja, universais a todos nós.
As reconhecemos e demonstramos fisicamente quando sorrimos ou quando fechamos o nosso sorriso, quando arregalamos os olhos com algo que nos causa pavor, levantamos a sobrancelha ao ser surpreendido um ou ainda quando nosso coração dispara, nossos ombros ficam tensionados, as mãos suam, choramos e nosso rosto fica com semblante preocupado.
As emoções primárias – alegria, medo, raiva e tristeza – são classificadas como sendo adaptativas, ou seja, elas surgem rapidamente dependendo da situação em que a pessoa se encontra. Por outro lado, elas desaparecem completamente quando o indivíduo sente-se tranquilo e seguro física, psíquica e emocionalmente. Já as emoções primárias desadaptativas são aquelas que extrapolam os limites do bom senso, fazem com que a pessoa sinta que exagerou em seu comportamento e se arrependa depois. São as responsáveis pelos populares discussões ou pelos barracos.
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Emoções Secundárias (Sociais e Adquiridas)
Estas são as emoções aprendidas, ou seja, elas são impostas por heranças familiares e por convenções sociais, religiosas, culturais e econômicas. São exemplos disso: ciúme, orgulho, vaidade, vergonha e culpa. E por falar em culpa, este é um dos sentimentos amplamente propagados ao longo dos séculos como forma de autopunição aos pecadores.
Esta culpabilização tornou-se tão arraigada na mente das pessoas que, muitas vezes, é necessária uma intervenção psicológica para ajudar o indivíduo a lidar com esta emoção, sem se punir ou se culpar por absolutamente tudo que acontece de ruim em sua vida. Isso acontece porque as emoções secundárias são influenciadas pelas crenças e valores de cada um, o que dependendo da situação, leva a determinados comportamentos emocionais. No âmbito cognitivo, podemos dizer que elas estão relacionadas ao córtex pré-frontal.
A diferenciação dos sentimentos
É a emoção primária, nos leva a ação. As emoções secundárias servem como um substituto à ação. Trabalhar os sentimentos secundários apenas reforça a recusa a agir.
A inveja
- Inveja significa querer ter algo sem querer pagar o seu preço. Seria mais prudente tentar entender a inveja na gente e decidir se estamos mesmo disposto a pagar o preço total pelas vantagens e pelo sucesso.
A raiva
- A mesma coisa que acontece na inveja, se dá com a raiva. A raiva primária surge quando somos atacados. Esta raiva dá forças para que o indivíduo se defenda e por isso ela é boa. Ela leva a pessoa a agir. Porém, a raiva mais intensa é fruto das nossas fantasias.
Hellinger nos dá um exemplo para elucidar este caso
“Pude observar isso em mim mesmo quando trabalho”, diz Hellinger. Se eu ficar zangado com as pessoas, numa constelação,e começar a me perguntar: o que há de errado com estas pessoas? Por que estão contra mim? Sei imediatamente que estas suposições são fantasiosas. Porque todas as vezes que eu investiguei, a verdadeira causa era diferente daquela que eu tinha imaginado. Essa espécie de raiva não se baseia em informações. Baseia-se em projeções e suspeitas.
Reivindicamos um direito que nos pertence
Segundo o autor, a raiva também tem a ver com um direito que a pessoa não reivindica. Se não reivindicamos um direito que nos pertence, ficamos com raiva. Esta raiva serve para nos paralisar. Nada mais é que um substituto para a própria ação. Estes sentimentos são apenas uma força aparente. Os sentimentos decisivos são a dor e o amor. Em vez de encarar a dor, talvez a pessoa fique com raiva.
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Numa sessão, o paciente lembra que apanhava do pai e fica com raiva
Ele fica com raiva para não sentir a dor. Se sente raiva, não se pode sentir dor. Mas se ele disser: “isso realmente me magoou”, ele passará a outro nível muito mais introspectivo e forte. Penetrará mais fundo do que se ele disser: “você vai me pagar!”.
Os sentimentos que levam um indivíduo ao triunfo ou à vitória podem prejudicar o sucesso.
O sucesso é conquistado quando nós renunciamos ao triunfo. ”Eu sou digna e você é um patife. Eu sou fiel e você o marido infiel. A esposa triunfa e perde o marido. Eu sou um pai generoso,você uma mãe ruim!”.
Quem triunfa, com o tempo perde o apoio dos outros. As pessoas voltam-se mais para o perdedor. É uma necessidade irresistivelmente humana.
O Ódio
Vários sentimentos são somente o reverso do amor e da dor. O ódio é somente a outra face do amor. Ele brota quando alguém é ferido em seu amor. Se uma pessoa expressa o ódio, ela bloqueia o seu acesso ao amor. Mas se ela disser: “eu te amei muito e isso me machuca demais”, então não existirá mais espaço para o ódio. Com o ódio a pessoa perde aquilo que ela realmente deseja.
O medo
O oposto do amor é a indiferença. Quando um casal vai para a terapia e diz que não podem mais viver juntos, é só observar se há algum tipo de envolvimento. Se sofrem muito, existe ainda envolvimento e as chances para a reconciliação são boas. Se já não há dor, o relacionamento está terminado e predomina a indiferença.
O medo é um sentimento que se prende a algo. Se retiramos tudo aquilo no qual o medo pode se fixar, ele cresce. É mais nobre encarar diretamente as situações que provocam o medo.
Se numa família falecesse o avô, seria prudente pegar a criança pela mão e dizer a ela: “veja a mão do vovô, agora está fria. Vamos enterrá-lo. Mas você poderá lembrar-se sempre dele.”. Assim, a criança pode olhar para o morto sem medo.
A depressão
Os pacientes depressivos na visão de Hellinger não ficam doentes porque reprimem a raiva, mas porque reprimem a ação que levaria à solução. Só o fato de expressar raiva não liberta ninguém. Muitos se castigam por não tomarem os pais como são simplesmente fracassando em suas profissões, perdendo seus parceiros ou muito dinheiro. A depressão pode ser o vazio dos pais.
Não importa como são os pais
A base do desenvolvimento saudável é reverenciar os pais, respeitar aquilo que eles significam e tocar a vida para sempre. Não importa como são os pais. Aquele que ousa desprezar os pais irá repetir em sua própria vida o que ele despreza. Pois é exatamente através do desprezo que ele se torna igual aos pais.
Quanto mais uma pessoa rejeita os pais, mais irá imitá-los. Essa rejeição também acabará refletindo em outras áreas da vida do filho.
Fazer exigências é uma forma particular de rejeitar os pais. Quando um filho quer impor aos pais a maneira como eles deve ser e agir com os filhos, impedem a si mesmo de tomar da vida o que é essencial.
Olhar para os pais e dizer: “eu sou o filho certo para vocês e vocês são os pais certos para mim e eu os liberto de toda a expectativa” pode ser um grande caminho para a cura.
Trechos retirados do livro O reconhecimento das ordens do amor de Bert Hellinger e Gabriela Ten Hövel pag 88 a 93. Claudiane Tavares | Psicanalista e Terapeuta Familiar Sistêmica
Lançando o álbum Arquétipos – O encontro com a sombra
São 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, codificador da psicologia analítica. As composições falam sobre arquétipos, signos, símbolos e o encontro com as nossas sombras. Traçam a jornada do anti-herói no cotidiano, o inconsciente coletivo e a busca de si mesmo. Isso não é um conceito. É um enigma.
Ouça agora Arquétipos – O encontro com a sombra é um disco diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung:
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