Porto Alegre século 19
Porto Alegre século 19. A cidade mal assombrada. Século IX. Em 1801, apenas raiara o século XIX, fundou-se a Santa Casa de Misericórdia, em lugar que o naturalista e viajante Saint-Hilaire, em 1820, diria estar “fora da cidade, sobre um dos pontos mais altos da colina…Bastante distanciado da cidade para evitar contágios“. Foi por esse tempo que se instalou no antigo Beco dos Ferreiros, hoje Rua Uruguai, um teatrinho a que os frequentadores deviam levar suas cadeiras nos dias de espetáculo.
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Na foto abaixo, Praça Dom Feliciano ainda sem nenhuma árvore. Santa casa de Porto Alegre o mais antigo hospital do RGS, fundada em 19 de outubro de 1803. Foto de 1888.
Ainda nesse decênio, era Porto Alegre elevada a Vila por alvará de 23 de agosto de 1808. Contava então mais de 6.000 habitantes; de aldeia de agricultores e pescadores, transformara-se em promissora praça de comércio e porto de escoamento das povoações litorâneas de Santo Antonio da Patrulha, Conceição do Arroio Grande (hoje Osório), Gravataí e Viamão, bem como de Rio Pardo, Santo Amaro, Taquari, Triunfo e Cachoeira.
A Vila foi solenemente instalada em reunião pública de 3 de dezembro de 1810, erguendo-se o respectivo pelourinho, símbolo da autoridade municipal.
Seguiu-se um período de guerras no Prata, que naturalmente afetou o normal desenvolvimento da vila; mas, por outro lado, a crescente importância que a Capitania assumia aos olhos da Corte fez com que para ela fossem designados governadores de alta estirpe, que favoreceram a urbanização e o progresso da jovem capital. Quando Saint-Hilaire chegou a Porto Alegre, em junho de 1820, encontrou uma vila desenvolvida e movimentada, com grande número de edifícios de dois andares; e, conquanto se impressionasse com a espantosa sujeira das ruas, a vila em seu conjunto causou-lhe uma impressão agradável.
Por ocasião da revolução portuguesa e da instauração do regime constitucional, viveu a vila dias de grande alvoroço, que culminou na madrugada de 26 de abril de 1821, quando a tropa e o povo amotinados obrigaram a junta governativa interina a jurar a Constituição na Praça da Matriz. No ano da proclamação da Independência, a que a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul prestou apoio irrestrito, Porto Alegre, por intermédio dos representantes da Província na Corte do Rio de Janeiro, pleiteou a sua elevação à categoria de Cidade, que lhe foi concedida por D. Pedro I em 14 de novembro. Já então, sua população ultrapassava 12.000 habitantes. Dois anos depois, em 1824, no governo do Visconde de São Leopoldo, desembarcavam aí os primeiros imigrantes alemães, destinados à colônia de São Leopoldo. Esse fato reveste-se de considerável importância para a história de Porto Alegre, porquanto a sua vida econômica posterior teve estreitas vinculações com o trabalho empreendedor desses colonos, tornando-se a capital rio-grandense o escoadouro da vasta produção industrial e agrícola da região colonizada.
O primeiro jornal da cidade começou a publicar-se em 1827; foi o “Diário de Porto Alegre“, orgão do governo. Teve existência efêmera, deixando de circular em junho de 1828, mas no mês de julho desse ano surgia o “Constitucional Rio-Grandense“, de orientação independente.
O Teatro D. Pedro II
Em 1834 inaugurou-se o segundo teatro da cidade, o D. Pedro II, que funcionou durante muito tempo na Rua Bragança, só desaparecendo em 1871, quando já funcionava o majestoso São Pedro.
Revolução Farroupilha
O longo período de paz e desenvolvimento por que passava a capital da Província foi interrompido a 20 de setembro de 1835, quando forças insurretas comandadas por Gomes Jardim e Onofre Pires a ocuparam sem resistência, dando começo à Revolução Farroupilha. No dia seguinte, Bento Gonçalves fazia a sua entrada triunfal na cidade.
Menos de um ano permaneceu Porto Alegre em poder dos revolucionários. O Major Manuel Marques de Souza, futuro Conde de Porto Alegre, que se encontrava recolhido ao navio-prisão “Presiganga“, entrou em comunicação com os legalistas da cidade e retomou-a em 15 de junho de 1836, restaurando nela a autoridade imperial. Dias depois o chefe farroupilha punha cerco à capital, e a 30 de junho efetuava um ataque, repelido na Praça do Portão. O cerco, suspenso em setembro por Bento Gonçalves e restabelecido em maio do ano seguinte por Antônio de Souza Neto, só em 1840 foi definitivamente levantado. No seu decorrer, teve a capital de enfrentar uma série de violentas investidas dos revolucionários, pelo que veio a receber do imperador D. Pedro II, em 19 de outubro de 1841, o título de “mui leal e valerosa cidade“, que ainda hoje encima o seu brasão.
Fim do conflito a cidade retoma a vida urbana
Terminado o conflito, Porto Alegre retoma a senda do progresso. Sucedem-se importantes iniciativas, tanto públicas como particulares, que marcam o ritmo do desenvolvimento da capital rio-grandense. Em 1846, a 1o de fevereiro, é fundado o Liceu D. Afonso, que reúne todas as escolas de ensino secundário da capital. Em 1848, a Câmara Municipal estabelece a obrigatoriedade do calçamento dos passeios fronteiros às casas das ruas centrais, e nesse mesmo ano é iniciado o calçamento do leito das ruas; os primeiros logradouros beneficiados com a medida são a Rua de Bragança (hoje marechal Floriano), a Rua da Praia (atual Andradas) e a Praça do Paraíso (15 de Novembro). Em 1850 principia a construção do teatro São Pedro, inaugurado a 27 de junho de 1858.
Já então, Porto Alegre se tornara sede de bispado, criado a 17 de maio de 1848 por bula do Papa Pio IX; dele tomou posse o primeiro bispo, D. Feliciano José Rodrigues Prates, em 1835. Expressivo símbolo do progresso material da cidade no período é a construção do grande edifício de quatro andadres, até a pouco ainda existente na Praça 15 de Novembro, e que o povo denominou “Malakoff“, em comemoração à tomada da torre desse nome durante a Guerra da Criméia. Pela mesma época fundava-se a Praça do Comércio (1857), antecessora da Associação Comercial, e logo depois o Banco da Província do Rio Grande do Sul (1858), por iniciativa dum grupo de comerciantes locais. Em 1861, a Lei provincial no 466, de 2 de abril, celebrou contrato com a Companhia Hidráulica Porto-Alegrense, para fornecimento de água à população mediante instalação de encanamentos, com torneiras para uso particular, e construção de chafarizes públicos. Em 1864, deu-se início à edificação do grande Mercado da atual Praça 15, aberto ao público cinco anos depois. Antes disso, as quitandas funcionavam num prédio de dimensões reduzidas, na Rua de Bragança. Também em 1864 foram postos a trafegar os primeiros bondes de tração animal. Dados os prejuízos que sofreu, não pôde o empresário manter os seus serviços por muito tempo, e somente em 1872, ao estabelecer-se a Companhia Carris em seu casarão na Várzea, os transportes coletivos começaram a funcionar regularmente. Em 1871 são criados o Ateneu Rio-Grandense e a Escola Normal, extinguindo-se o Liceu D. Afonso. Em 1874 instala-se o Tribunal da Relação e é entregue ao tráfego o primeiro trecho da ferrovia Porto Alegre-São Leopoldo-Novo Hamburgo, completada em 1876. Ainda em 1874 é inaugurado o sistema de iluminação a gás. No terreno cultural, deve registrar-se a fundação da Biblioteca Pública, criada por Lei de 1871 e regulamentada em 1876. Sete anos mais tarde, o ano de 1883 marcou a data de fundação da Livraria do Globo. A capital gaúcha, como tantas outras cidades do Império empolgadas pela campanha abolicionista, antecipou-se à decretação da Lei Áurea, libertando todos os seus escravos no ano de 1884. Ao proclamar-se a República, Porto Alegre possuía 37 armazéns de atacado e 33 de varejo, 10 casas de fazendas por atacado e 56 a varejo, 10 lojas de livros e miudezas. No setor das profissões liberais, existiam 37 médicos, 26 advogados e 26 construtores. O recenseamento geral de 1890 levantou no município 52.186 habitantes. Em 1894 era criado o Corpo de Bombeiros, que se compunha, a princípio, de duas seções, com um total de 30 homens.
Esse mesmo ano de 1894 é assinalado pelo aparecimento do primeiro instituto de ensino superior, a Escola de Farmácia, fundada pela União Farmacêutica. Outros estabelecimentos de nível superior seguiram-se a breve prazo: a Escola de Engenharia, em 1896; a Faculdade Livre de Medicina e Farmácia, que incorporou aquela, em 1897; a Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, em 1900.
Ao findar o século XIX, contava a cidade 73.274 habitantes, serviços de água, telefones e transporte urbano de tração animal.
Voluntários da Pátria (Caminho do Novo)
A abertura de uma nova via de acesso à Vila de Porto Alegre, fora do esquema viário primitivo, começou em 1806. Esse caminho marginal ao rio Guaíba recebeu o nome de Caminho Novo. Dom Diogo de Souza, primeiro capitão-general da capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, deu prosseguimento às obras, numa extensão de quase quatro quilômetros, até a Várzea do Gravataí, construindo um solar para residência dos governadores quase na extremidade do percurso, usado para este fim até 1824
Av. Voluntários da Pátria a frente, a direita a Rua Mal. Floriano Peixoto. Ainda não haviam instalações elétricas, somente os lampiões a gás. Foto década de 1880.
Rua Voluntários da Pátria, antigo “caminho novo”, em 1892. Ao fundo quiosque da doca das frutas junto ao mercado público.
Rua Vigário José Inácio esquina Rua Voluntários da Pátria final século XIX
Theatro São Pedro
O edifício em estilo neoclássico foi inaugurado em 27 de junho de 1858, com capacidade para 700 espectadores e decoração em veludo e ouro, numa época em que Porto Alegre tinha pouco mais de vinte mil habitantes.
Chafariz de mármore da Praça da Matriz em 1866.Foi instalado em 1865 pela Companhia Hidráulica Porto-Alegrense.
Teatro São Pedro em 1880. Observe que as clarabóias foram retiradas após reforma no telhado. Ao fundo o Guaíba e várias embarcações. Na Praça da Matriz ainda não há nenhuma árvore. Abaixo a direita está o primeiro chafariz instalado em logradouro público pela Hidráulica Porto-Alegrense.
Theatro São Pedro em 1860. Provavelmente a foto mais antiga do teatro após sua inauguração em 27 de junho de 1858.
Rua Gen. Paranhos em 1865. Atual Av. Borges de Medeiros.
Rua da Ladeira
Por volta de 1829, a Rua do Ouvidor passou a ser conhecida, também, por Rua da Ladeira. As três designações coexistiram até 1870, quando a Câmara Municipal oficializou o nome de Rua General Câmara em toda a sua extensão, em homenagem ao general José Antônio Corrêa da Câmara, visconde de Pelotas.
A Rua General Câmara era uma dessas transversais e fazia a conexão direta entre a Rua da Praia e o alto da matriz desde 1799. Já nesta época possuía dois nomes: no trecho entre a Rua dos Andradas e a Rua Riachuelo era conhecida como Rua do Ouvidor, certamente por causa do ouvidor da comarca, dr. Lourenço José Vieira Souto.
Rua General, 1875
Rua Gen. Câmara em 1850. Era chamada rua do Ouvidor, depois de rua da Ladeira. Ao fundo observa-se o Guaíba e algumas embarcações
Rua dos Andradas (Rua da Praia)
A Rua dos Andradas era chamada de Rua da Praia do trecho do Gasômetro até a General Câmara; e, de Rua da Graça do trecho entre a Rua General Câmara e a Senhor dos Passos. Rua da Praia é uma das ruas mais tradicionais, bem como a mais antiga, da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. A despeito de a denominação oficial Rua dos Andradas ter sido estabelecida em 1865, o nome antigo ainda persiste na voz popular, e com ele esta rua tem sido celebrada por muitos cronistas e poetas locais.
A Rua da Praia existe desde a fundação da cidade, sendo aquela que corria exatamente à margem do Guaíba defronte ao antigo porto de Viamão, onde primeiro se estabeleceu uma colônia de povoamento na área da futura Porto Alegre. Na Rua da Praia se construiu a primeira igreja da cidade, a hoje desaparecida Capela de São Francisco das Chagas. Em sua extremidade oeste foram, desde cedo, erguidos os arsenais da Marinha e os Armazéns Reais, numa época em que as casas da rua ainda eram cobertas de palha.
Todos os viajantes estrangeiros que visitaram Porto Alegre no século XIX se referiram à Rua da Praia em termos elogiosos. Auguste de Saint-Hilaire a descreveu em 1820 como “extremamente movimentada (…) com lojas muito bem instaladas, de vendas bem sortidas e de oficinas de diversas profissões“. Em 1858, o alemão Avé-Lallement fala dela como possuindo “casas muito majestosas de até três andares“, o que atesta seu rápido desenvolvimento.
Rua Andradas 1880. A esquerda, a então fábrica de chapéus Emilio Hanssen, pai de Ernesto Hanssen jogador de futebol dos primórdios do Grêmio, localizada nos números 417 e 419 da Rua da Praia.
Rua Andradas esquina Marechal Floriano em 1885. No prédio a frente onde está escrito “pharmacia” funcionou a primeira agência bancária do Banco da Província no Rio Grande do Sul. No prédio a direita já estava a Masson, na época Leopoldo Masson.
A direita Livraria Americana, 1890. Localizada na esquina da Rua Andradas (a frente) com Gen. Câmara (direita).
Rua da Praia 1880. Atualmente Rua Andradas. A direita a Praça da Alfandega.
Rua dos Andradas no final do século XIX, vista da Senhor dos Passos. Observe que ainda não existiam trilhos nem postes de energia elétrica.
Procissão religiosa na rua Andradas e Praça da Alfandega em 1865.
Rua do Rosário esq. com Gen. Vitorino em 1865. A direita a placa do atelier fotográfico de Luiz Terragno. No centro as torres da Igreja do Rosário.
Rua Gen. Câmara (Rua da Ladeira) em 1875. A rua já está pavimentada.
Praça XV antiga Conde D’eu 1880. No centro está o beco do Rosário onde atualmente encontra-se a Av. Otávio Rocha. No fundo a direita as duas torres da igreja do Rosário.
Praça da Alfandega de Porto Alegre 1885. Em destaque o chafariz da Imperatriz instalado pela Companhia Hidráulica Porto-Alegrense em 1865.
Rua Pantaleão Telles (atual Washington Luiz), na época o Guaíba banhava toda esta área. Ao fundo as lavadeiras utilizando a água do rio para lavagem das roupas, a direita o menino pescando. No alto a direita a igreja da Matriz. Imagem de aproximadamente 1898.
Imagem obtida da ponte de pedra, a frente a antiga rua da Figueira, atual Cel. Genuíno. Foto década de 1880.
Av. Oscar Pereira em torno de 1890. A direita ao alto os muros brancos do cemitério da Santa Casa.
Primeira garagem e oficina da Carris. Prédio construído em 1873 na esquina da Av. João Pessoa com Sarmento Leite. Imagem obtida no final do século XIX.
Casa da Sociedade Bailante na Praça da Matriz 1880, foi demolida em 1925 para dar lugar a construção do auditório Araujo Vianna. Ao fundo o Guaíba e algumas embarcações.
Casa da Sociedade Bailante em 1886. Observe no centro ao fundo, ainda em construção, a chaminé da Companhia Fiat Lux, nossa primeira usina geradora de energia elétrica, localizada na esquina da rua João Manoel com a 7 de setembro. A sua inauguração se deu em 12 de novembro de 1887.
Mercado Público
Este primeiro Mercado Público tinha uma planta quadrangular, em alvenaria de tijolos e com um portão de ferro, ficando pronto em 1844 e devendo concentrar todo o comércio de carne da cidade. Em 1845 foi contratado seu rebocamento externo e caiação.
Esta é a imagem mais antiga do Mercado Público que se tem conhecimento. Observe que ainda existem árvores na parte interna do mercado. A direita a doca das frutas.
Praça Parobé em 1878. A esquerda o torreão do mercada público.
Mercado público década 1870. Observe que ainda existem árvores no interior do mercado.
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Mercado Público em 1890.
Vista aérea de Porto Alegre década de 1900. A esquerda, a chaminé da Companhia Fiat Lux, nossa primeira usina geradora de energia elétrica, que estava localizada na esquina da rua João Manoel com 7 de Setembro. A direita a rua dos Andradas, ao fundo a praça da Alfandega. Na parte inferior da foto, onde está o prédio de 1 andar de esquina, encontra-se hoje a Casa de Cultura Mario Quintana. Imagem obtida do alto da igreja Nossa Senhora das Dores.
Acendedores dos lampiões (postes) a gás da iluminação pública da praça da Matriz. Foto década de 1870.
Av. Independência em torno de 1890. Os bondes eram puxados por burros.
Mapa da cidade de Porto Alegre 1837
Arroio Dilúvio Açorianos 1860. No centro da foto aparece a ponte dos Açorianos ou Ponte de Pedra que permitia a passagem sobre o arroio. A ponte dos Açorianos foi construída em 1848.
Os bondes em Porto Alegre
O transporte urbano de Porto Alegre teve uma de suas primeiras iniciativas em 1864, quando o cidadão Estácio Bitencourt contratou a construção de uma linha de carris de ferro, partindo da Várzea alcançava a Azenha e a estrada do Laboratório, subindo-a até os fundos da capela Menino Deus. Tal veículo recebeu a denominação de maxambomba pela população local, em alusão à locomotiva a vapor usada no Rio de Janeiro.
A duração da companhia foi efêmera, pois seu empresário, não suportando os prejuízos, não conseguiu manter os serviços por muito tempo. Em 1893 surge uma nova companhia de transportes chamada Companhia de Bondes Carris Urbanos, a qual se fundiria com Companhia Carris de Ferro Portoalegrense, formando a Companhia de Força e Luz Portoalegrense, em 1906, que implantaria os bondes elétricos na capital. Em 22 de agosto de 1906 foram adquiridos 37 unidades da United Electric na Inglaterra, de um e dois andares.
Bonde puxado por burros passando pela Av. Venâncio Aires em 1880.
Bonde Imperial passando em frente a Praça da Alfandega em 1912
Bondes puxados por burros em 1893
Cais da Alfandega 1895. A direita o prédio da Delegacia Fiscal. No centro edificio da Guardamoria. No fundo, Teatro São Pedro, antigo Tribunal de Justiça e as torres da Igreja da Matriz.
Cais em 1909. Em primeiro plano o antigo prédio da Delegacia Fiscal hoje existe o prédio da sede do Banrisul. O cais já estava praticamente abandonado visto as lavadeiras que estendiam suas roupas
Delegacia Fiscal 1895. Antigo prédio visto pela Rua 7 de Setembro
Recepção de D. Pedro II no cais da Alfandega em 1865, por ocasião da visita ao campo de operações na Guerra da Tríplice Aliança.
Cidade Baixa
O povoamento da região do bairro, situado ao sul dos antigos Altos da Matriz, iniciou no fim do século XVIII, quando foi aberta a Rua do Arvoredo. Nas décadas seguintes foram surgindo a Praia do Riacho (Washington Luís), a Varzinha (Demétrio Ribeiro), a Rua da Figueira (Coronel Genuíno) e a Rua da Olaria (Lima e Silva). Em 1845 foram abertas a Rua da República e Avenida Venâncio Aires, foi prolongada a Rua da Margem e foi urbanizado o Caminho da Azenha.
Imagem de 1895. Bairro cidade baixa. A direita a Rua Gen. Lima e Silva. A direita observa-se o Convento do Carmo, ainda com somente uma torre. A esquerda ao fundo observa-se a antiga Várzea (atual Redenção).
Duque de Caxias
Desenvolveu-se ao longo da parte mais alta da colina onde nasceu a antiga vila de Porto Alegre, e teve várias denominações: Formosa, Direita da Igreja, da Igreja, da Praia, do Arsenal, São José, Alegre, do Hospital. Porém, nenhum desses nomes era oficial. Em 1820, nela se localizavam os três principais edifícios da cidade: o Palácio, a Igreja Paroquial e o Palácio da Junta.
Em 1843 foram colocadas, pela primeira vez, placas indicativas nas ruas da cidade, e o nome Rua da Igreja foi adotado. A denominação de Rua Duque de Caxias só foi adotada no final de 1869, quando os vereadores nomearam uma comissão para angariar fundos para o seu calçamento, pois se tratava de uma rua nobre, frequentada pelos estudantes do liceu e da Escola Normal, e por famílias aristocráticas da cidade.
No final do século XIX, o ajardinamento de três praças – Praça da Matriz, Praça Conde de Porto Alegre e Praça General Osório – em três pontos distintos da Rua Duque de Caxias, concorreu para seu embelezamento. A partir de 1909, com o estabelecimento dos bondes elétricos, foi implantada a linha circular Duque.
Rua Duque de Caxias no centro de Porto Alegre, final séc. XIX. Ao centro bonde puxado por mulas, este transporte funcionou até 1914, quando foi substituído pelos bondes elétricos. A direita, carroça com barril que era do serviço de venda de água, os “agueiros”
Rua Duque de Caxias em 1880
Duque de Caxias, esquina praça da matriz em 1896
Antigo palácio da presidência em 1880, na Duque
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Lançando o álbum Arquétipos – O encontro com a sombra
São 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, codificador da psicologia analítica. As composições falam sobre arquétipos, signos, símbolos e o encontro com as nossas sombras. Traçam a jornada do anti-herói no cotidiano, o inconsciente coletivo e a busca de si mesmo. Isso não é um conceito. É um enigma.
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