Segundo final de semana intenso de gravações do novo…
Segundo final de semana intenso de gravações do novo álbum Arquétipos – O encontro com a sombra.
Sábado de manhã, inverno em Porto Alegre, mas o clima está super instável. Ninguém na cidade consegue afirmar se vai acordar amanhã em um típico dia frio de final de junho ou em um dia quente de verão.
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Com a coordenação dos nossos amigos, o engenheiro de som Fabiano Cordella e assistência da Grazi Huning, começamos os trabalhos antes mesmo do povo se encontrar às 10 horas no alto do Viaduto da Borges, na rua Duque de Caxias, bem no centro histórico da cidade, mais precisamente no apartamento da Elaine – que virou o estúdio de gravação. É o mesmo local onde gravamos alguns dos vídeos das pré-produções do álbum ao vivo.
André e Elaine gravando as guias das 12 canções em voz e piano.
A casa dos Cordella, é um ambiente musicalmente inspirador, onde o fantástico cravista Fernando Cordella, que como bom anfitrião sempre nos recebe com seu elegante roupão branco e perfumado, no maior estilo Liberace, auxilia com dicas nas nossas composições, e ilustra todas suas histórias com vídeos engraçados.
Ele e a Elaine, preparam cada cantinho, para que as musas possam inspirar as músicas que ali vão ser tocadas.
Fernando, Elaine, Bruno e André – trocas de ideias e ensaios antes da gravina.
O processo
Depois de vedar as janelas e portas, arrastar mesa e sofá, passar cabo pra lá e pra cá, a Martina Mombelli, entre ajudar na produção e registrar os bastidores, faz chá de gengibre, limão e mel. A Fernanda Do Carmo, entre atividades com outros artistas e eventos que participa pela Agência Flecheira, corre pra acompanhar, passar no supermercado, trazer algumas coisinhas pra comer e se emocionar junto.
André e Renata, pausa da manhã pro café dos justos.
Tá todo mundo muito envolvido, dos porteiros do prédio, do tio da padaria ao último a chegar, o Thiago Heinrich, que vai fazer a pós-produção, mixagem e master do disco e que caiu como uma luva nesse time.
Thiago e Fabi, a mistura do Brasil com o Egito.
Elaine abrindo as portas para o Thiago que chegou chegando.
Ele sacou de primeira a essência do álbum, quando menos é mais e essas coisas todas entre razões e emoções. Até quem tá só de passagem não consegue ser indiferente ao que estamos fazendo. Não é um álbum normal, não é um processo normal.
Thiago dicas valiosas na captação da bateria.
Esse é o cenário que está acontecendo as gravações: um apartamento, uma casa suspensa no ar, onde a gente se encontra pra gravar.
Renata, Elaine e André: antes de gravar, um bom café pra começar os trabalhos.
Nesse final de semana a Renata gravou todas as baterias e percussões que ela inventou pra cada uma das 12 canções e que ficaram demais! Nenhuma música é igual a outra. De lixas de madeira compradas em ferragem a vassourinha varrendo a caixa, nenhuma composição rítmica é igual a outra. Priorizamos a canção, fizemos o que a música pede acima dos nossos desejos.
Renata ouvindo a sua performance. Virginiana dedicada.
A Elaine terminou também as partes de teclas, piano e teclado – que, aliás, ficou impecável. Cada arranjo foi elaborado com cuidado, pra dizer apenas aquilo que precisa ser dito, entre deixar a música respirar e se impor na hora certa. Nunca tínhamos feito algo assim. É bonito ver o quanto ela se preocupa com o significado das coisas, com o que estamos fazendo, como estamos fazendo, com a essência de um ambiente perfumado, com o café gostoso, com a nota no tempo certo.
Renata gravando Teoria dos Afetos e Quem Não Sabe.
Elaine gravando teclado de Barriga da Baleia.
Essas gurias arrasam, não é mesmo?
Gravinas
As gravinas das vozes estão sendo produzidas pelo grande Iuri Sanson, que já tinha produzido o disco Um pouco de Cada dia e sabe como ninguém fazer a preparação vocal de qualquer cantor, qualquer estilo, quebrar o gelo, dar segurança pra galera que vai soltar a voz.
Elaine e Iuri, monitorando a gravação de voz do André.
Iuri e Fabi durante a gravação de voz em que o André deu uma canseira na galera da técnica: acertava quando não estava gravando e errava as notas durante a gravação. Isso é lua em peixes, amigos.
E agora segue nos próximos dias essa função, já gravamos 5 vozes principal e 2 coros, faltam 7 vozes principais do André, 4 da Elaine e todos os 10 backings vocais mágicos espaciais. Até a primeira quinzena de julho tem que estar tudo pronto pro Thiago fazer a pós-produção/mixagem e, por fim, a masterização.
Iuri e Renata, aquecimento vocal.
Iuri monitorando o André gravando os vocais de Depois de Crescer.
Elaine gravando os teclados enquanto a Renata acompanha em estudo, sendo orientada pelo Marcelo. Grazi e Fabi atentos à execução do teclado.
O homem do bigode
O ator, multi arteiro Marcello Crawshaw, que gravou pandeiro, tamborim, coro de voz e animou a galera durante a produção, deixou a gente com vontade de fazer mais coisas com ele só pra ter a companhia por perto, que pessoa ímpar. Quando tiverem a oportunidade de vê-lo nos shows da Lítera, vocês vão entender do que a gente tá falando quando se refere a esse rapaz. Um guerreiro!
Iuri Sanson coordenando o coral em Frevo Histeria e Depois de Crescer. Marcello e André nos graves; médios e agudas com Iuri, Elaine e Renata.
André gravando os violões na casinha de espuma que o Fabiano montou pra ele.
O incansável
O Fabiano – pra nós, o Fabi – não parou por um segundo se quer. Foi incansável. Teve dias que chegou às 9h30 e só parou às 22h30. Nesse último domingo, tava com gastrite, enjôo e muito cansaço. Ainda assim, pediu pra seguirmos. Tem uma paciência inabalável com cada um de nós, colocando sempre a qualidade do projeto final em primeiro lugar. A gente ainda não tem certeza se ele existe de verdade ou é um anjo-miragem fruto da nossa imaginação sonhadora.
Fabiano ajustando o ambiente digital pra captação das músicas.
Fabiano preparando a captação do bumbo leguero adaptado.
A Grazi, assistente e companheira do Fabi, tá sempre atenta pra ver se estão todos os microfones montados, os cabos ligados e se todo mundo tem fone pra ouvir o que o outro tá gravando. Além de levar um bolo de maçã delicioso pra galera de presente. A gente tá sendo cuidado num nível que nem estamos acostumados. Que processo gratificante!
Fabiano, André e Elaine dando pitacos nas gravações da bateria.
André e Elaine ouvindo as gravações da bateria da Rê, e a Grazi pesquisando sobre o Reiki que ela e o Fabi receberam da Martina.
A baixaria na cozinha
E pra finalizar essa postagem, magicamento tivemos a oportunidade de ver um grande músico, muito inspirado, que desfilou harmonias, ritmos, elegância e simpatia, o baixista Bruno Vargas – do Quarto Sensorial, Bibiana Petek, Tum Toin Foin, Gabriela Lery e Dona Conceição. Gravou 12 músicas em menos de 4 horas. Olha essa fera bicho! Surreal! Muita química. Que final de tarde de domingo bonita! E depois, claro: pão de queijo, bolinho de chocolate, chá e café, pq a gente merece, óbvio.
André , Elaine, Bruno, Renata e Fabiano – final da gravação dos baixos das 12 músicas.
No flow
E segue o ritmo frenético da nossa jornada do herói no próximo final de semana. Agora vem uma das partes mais delicadas, que é a voz. Mas a meta recomendada pelo Iuri é seguir buscando o equilíbrio das nossas limitações e capacidades, harmonia, amizade e, acima de tudo, daquilo que podemos ser pra nós mesmos e com o companheiro do lado.
O cronograma do que foi e do que falta:
O que estamos fazendo é um processo de concepção natural das músicas, dando protagonismo ao o que a história de cada canções vem nos contar. Não é um álbum normal, não é um processo normal. Mas deveria. Muito melhor assim.
Até o próximo registro de bordo das gravações, boa semana gente!
Lançando o álbum Arquétipos – O encontro com a sombra
São 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, codificador da psicologia analítica. As composições falam sobre arquétipos, signos, símbolos e o encontro com as nossas sombras. Traçam a jornada do anti-herói no cotidiano, o inconsciente coletivo e a busca de si mesmo. Isso não é um conceito. É um enigma. O álbum oficial vai ser lançado em outubro de 2019.
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