Lítera – Teoria dos Afetos ao vivo no Museu…
Lítera – Teoria dos Afetos ao vivo no Museu Júlio de Castilhos. Até 1 semana antes de ser gravada, essa música não tinha um nome. Buscava algo que pudesse propor uma ideia mais profunda sobre o tema da canção.
Arquétipos – O encontro com a sombra é um disco diferente: são 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, fundador da psicologia analítica.
Conversando com a Elaine Foltran, pianista e tecladista da Lítera, ela me falou sobre a “teoria dos afetos”, que eu não conhecia até então. Rapidamente explicando, é um estudo sobre a estética musical da Antiguidade que diz que um determinado modo musical pode influenciar as pessoas de diferentes maneiras. O foco desses teóricos era achar a harmonia perfeita entre as palavras e a música. Eles se baseavam em estudos de Pitágoras, Platão e da metafísica. Então, para eles, a ideia musical não era somente uma representação de um afeto, mas sim a sua verdadeira materialização.
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Achei maravilhoso! Adorei o nome “teoria dos afetos”, perfeito pra música que eu tinha acabado de fazer. Fiquei pensando sobre o significado que damos para o “afeto” (muitas vezes distorcido nas nossas atitudes). A expectativa que temos de receber afeto nada tem a ver com a etimologia da palavra. A raiz da palavra em latim “affectus” vem do grego “pathos” que significa “estado psíquico ou moral (bom ou mau), afeição, disposição de alma, estado físico, sentimento, vontade”.
Dentro das nossas relações, muitas vezes não conseguimos perceber o quanto nós, homens, somos criados com a ideia de sermos fortes, grandes, ter o pênis grande, um grande carro, uma grande casa. Muito além dos nossos instintos, essas ideias estão viciadas em valores que foram construídos ao longo do tempo, ligados à competição e ao poder.
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Inconscientemente (ou nem tanto assim), todos os objetos fálicos e os arquétipos de poder se tornam uma obsessão. Não por ironia, o pênis é fonte da vida e as armas, também objetos fálicos e de representação de poder, tiram a vida. Não venham me dizer que espadas, facas e revólveres protegem, isso nada tem a ver com proteção. Não sou só eu que penso assim, Sun Tzu já escreveu sobre isso no século IV.
O pênis dispara pra gerar uma vida, o revólver dispara pra tirar uma vida, e assim somos contaminados pela sede de possuir esse poder. Não é raro ver propagandas de “aumente seu pênis” pela internet. O homem, na verdade, é refém de algo que ele nem sabe o que significa, e acaba sendo atormentado e atormentando sua/seu parceira/parceiro com falta de domínio sobre o seu ego.
O homem e a obsessão pelo falo
Existem mais de 320 apelidos dados ao órgão genital masculino. São nomes de alimentos, animais, objetos, elementos da natureza, armas, nomes próprios e inventados… qualquer coisa que tenha formato fálico pode emprestar seu título para evitar que seja dito o nome verdadeiro. O apelido surgiu justamente para que se evitasse dizer pênis, mas foi tão usado, tomou tanta proporção que o nome original passou a ser o menos obsceno.
Mas o que é obsceno?
O que é contrário ao pudor. Claro. Mas quem decide o que é moral? Não consideramos obsceno o mal que causamos, nossa auto sabotagem, entre tantas outras coisas. Particularmente, acredito que só pode ser moral aquilo que for atemporal. No mais, tudo muda. Sabemos que é assim de geração pra geração. Não sabemos se “pau” daqui há poucos anos ainda será apelido para pênis, como tantos outros que já foram e hoje não são mais. E o que isso importa realmente? O que estamos fazendo com a vida dos que estão ao nosso lado? O que está por trás do tamanho daquilo pelo qual a gente compete?
“Teoria dos Afetos”
(André Neto)
Que gente chata
que só diz a verdade
Não são que nem tu
que se importa comigo
que me diz que tamanho
não é documento
que meu pau não é pequeno
não é documento
Nunca te quis igual
É a tua maneira de ver as coisas
que me dá medo
me dá tanto medo
que me dá medo
e me faz ficar
É como tu abraça o mundo
na marcha certa das estações
E paga as contas, foge do dentista
briga com a família, toma teu remédio
Foco no pilates, constelação, analise, barra de access
E o meu pau é médio?
Dorme no sofá, sem jantar
É a forma que eu escolhi
pra me lembrar de ti
Arquétipos
1 – Depois de Crescer | https://youtu.be/t4B4NfOTFUM
2 – Mecânica do Amor | https://youtu.be/cq3Ar0qe94Q
3 – Teoria dos Afetos | https://youtu.be/UxGd2F4p_Rk
4 – Frevo Histeria | https://youtu.be/WLwLPFGZH1Y
5 – Bacalhau Não É Peixe | https://youtu.be/w9zxgAZDj8Y
6 – Prometheus | https://youtu.be/1SJLCS__-24
7 – Guarda-chuva | https://youtu.be/eJV5C1Sn6Mo
8 – Nessa Casa | https://youtu.be/qKboD3nV56s
9 – Sagrado Coração de Marcelo Lucídio | https://youtu.be/euqCHVxq4Aw
10 – Barriga da Baleia | https://youtu.be/WPS6DC12AnY
11 – Dandara Renascida | https://youtu.be/ydaLygOUwl0
12 – Quem não sabe | https://youtu.be/lhCtT0Q98Lw
MAPA ASTRAL DE “TEORIA DOS AFETOS”
Sol em sagitário na casa 8
Ascendente em áries
Lua em capricórnio
Vênus em escorpião
Mercúrio em escorpião (eita!)
Fundo do céu em câncer
Meio do céu em capricórnio
Locação: Museu Julio de Castilhos. Gaby Benedyct e todo o pessoal da organização do Museu pelo carinho com que acolhem a arte.
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Obrigado
Fabiano Cordella e Graziele Huning Cordella pela gravação e mixagem do áudio;
Paulo Alonso pelo mapa astral e interpretação;
Martina Mombelli, pelo clipe;
Fernanda Do Carmo, pela produção;
Isso não é um conceito. É um enigma.
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