Música Um Tempo, Fredi Bessa e André Neto no Filosofia das Canções

Música Um Tempo, estreia do vídeo clipe

Música Um Tempo, primeira parceria da Fredi Bessa e André Neto no disco Filosofia das Canções.

Um tempo com Fredi Bessa, segundo André Neto.

Semana atrás eu falei aqui sobre o primeiro disco do Fredi, A Filosofia das Canções, que por mérito está tendo toda essa repercussão positiva. Hoje vou falar sobre a música que eu participei, ajudei a compor e que acabou de sair o vídeo. Confere aí!

Um Tempo

Você me vê num filme contra a luz
me diz pra que ter pedir pra esperar?

Nem não, nem sim
me deixa ser nada pra ti, pra ninguém
todo tempo faz um bem

Será que eu posso me perder?
em alguma rua me encontrar?

E se alguém me ver?
é bem estranho eu sei
e aí? tudo bem!
caminhando ao infinito de ser só
ninguém pode acreditar (ninguém precisa acreditar)
nem não, nem sim, nem pra ti, nem ninguém

Essa música foi a nossa primeira composição. O Fredi fez a letra e a melodia, eu só precisei por a letra – tem um post aqui no blog falando sobre o disco e como foi ser chamado pra fazer essa música e o quanto me transformou esse processo.

Onde nossas ideias se cruzam

Penso que o Fredi é um cara como eu, pois somos parecidos em muitos aspectos que rondam o homem contemporâneo, moderno, que está se informando sobre as lutas, sobre feminismo, sobre machismo. Vivemos dilemas parecidos, muitas coisas das quais nem chegamos a conversar. Sobre relacionamentos, sobre a nossa relação com o mundo e tudo mais. Eu penso isso pelas tantas vezes que observei o comportamento dele, das coisas pelas quais já procuramos um ao outro… essas pequenas pistas dão indícios bem fortes daquilo que está latente na nossa cabeça. É tipo pressupor que a pessoa que entra na farmácia atrás de uma medicação pra dor de dente possa estar com dor de dente. Mas não sempre, por que ela também pode estar ali pra comprar esse remédio pra outra pessoa com dor de dente. É esse o ponto que cruza nossas ideias.

A gente tem alguns pequenos relâmpagos de consciência do que já fizemos, de bom e de mal, o quanto nos sentimos culpados, privilegiados, culpamos, erramos e sabemos que erramos feio, e que estamos tentando ser alguém melhor. Não especificamente pra alguém, talvez nem pra nós mesmos, mas entender SER, já que estamos.

Quando a gente promete ser algo pra alguém, quando a gente quer salvar o mundo (mesmo que ele não tenha pedido a nossa ajuda), nos distanciamos daquilo que de fato somos. Não acredito que estamos aqui pra encontrar a nossa cara metade. Resumir a nossa existência a relacionamento seletivamente amoroso é uma ingenuidade. Acho cruel imaginar o mundo assim. Temos que ser amorosos com todo mundo, buscar a fraternidade universal. Não tô dizendo que seja fácil, nem que vamos conseguir, mas me refiro a dar o primeiro passo. Antes disso, a gente precisa buscar, fazer coisas que façam sentido, se experimentar, deixar que aqueles que estão próximos de nós façam o mesmo, por mais que doa o nosso ego, por mais que a nossa vaidade possa não permitir.

A canção

Fiquei muito feliz com o resultado, fizemos uma maravilhosa canção de rádio, bem pop rock, música de novela. Adoro essas coisas, me criei ouvindo e vendo canções que falam sobre caminhar sem rumo.

A canção se chama “Um Tempo“, nome que o Fredi deu, e ela fala justamente sobre o tempo, estar só, se perder, se encontrar, a gente não tem como saber quanto tempo leva pra gente entender as coisas, se vai sacar alguma coisa… e esse processo me ajudou a entender pequenos conflitos que às vezes eu mesmo transformo num monstro gigante.

Acho que o disco do Fredi é um pouco isso, de ir muito além, buscar o infinito pra entender o movimento mais simples e rotineiro de levantar todos os dias, tomar café e ser um operário da arte, da vida. Sou muito agradecido.

A Filosofia das Canções nas plataformas:
Spotify: https://spoti.fi/2IctyZK
Deezer: https://www.deezer.com/album/92495502
iTunes: https://itunes.apple.com/us/album/1458537472

Lançando o álbum Arquétipos – O encontro com a sombra

São 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, codificador da psicologia analítica. As composições falam sobre arquétipos, signos, símbolos e o encontro com as nossas sombras. Traçam a jornada do anti-herói no cotidiano, o inconsciente coletivo e a busca de si mesmo. Isso não é um conceito. É um enigma. O álbum oficial vai ser lançado em outubro de 2019.

Nossas músicas estão em todas as plataformas pra ouvir grátis.