Você já viveu um amor impossível?
Você já viveu um amor impossível? Desde 2015 a gente cola adesivos com a pergunta “vc já viveu um amor impossível?” (até esse momento são mais de 52 mil pelo mundo todo!) e, nesses quase 5 anos, ouvimos diversas histórias. Essa semana recebemos mais uma emocionante que fez a gente pensar em tanta coisa na nossa vida e as situações que aparecem.
A Barbara Benz encontrou nossa pergunta “vc já viveu um amor impossível?” em Paris. Fotografou e respondeu assim.
Île de France, 2020
#Paris #EscuteLítera #CasoReal #AmorImpossível #VcJáViveuUmAmorImpossível
Veja também:
- Nossa treta com Spotify sobre a música “vc já viveu um amor impossível?”, entenda o caso;
- Os adesivos “vc já viveu um amor impossível?”: Como tudo começou;
- Um casamento de um amor impossível e os adesivos;
vc já viveu um amor impossível?
Esse projeto nasceu da forma mais despretensiosa possível, e hoje já são mais de 52 mil adesivos espalhados pelo mundo todo. O adesivo com a pergunta “vc já viveu um amor impossível?” percorre as ruas das principais cidades do país, fomentando as mais inusitadas respostas e relatos. São tantos que a arte já virou cenário de muitas capitais, com muitas fotos turísticas.
Uma história de caso real que foi um caso Real
O que poucos sabem é que esse projeto de intervenção urbana foi todo pensado e realizado por nós, uma banda, a Lítera. A hashtag #CasoReal usada nas fotos postadas nas redes sociais traz o nome do nosso segundo disco. As músicas nele são inspiradas nas cartas trocadas entre os amantes Dom Pedro I e a Marquesa de Santos no século XIX, durante o primeiro Império. O romance entre os dois durou sete anos e, o que por muito tempo era só falatório, foi confirmado depois que encontraram essas correspondências.
Um café com a Marquesa Domitila
Aí, num fim de tarde, tomando um café por Porto Alegre, o André (vocalista) comentou que na Itália, durante um bom tempo, por não poderem se ver – com alguma restrição da família (em casos de casamento arranjado, por exemplo) ou julgamento da própria sociedade -, as pessoas escreviam ou colavam bilhetes na parede para os seus amores/amantes. Eles nunca iriam ficar juntos, mas acabaram encontrando essa forma de se comunicar.
Através da imigração, esse “ritual” acabou vindo parar aqui no Brasil. Como as meninas só saíam de casa para ir na missa – e sempre acompanhadas, pela mãe ou por serviçais -, os apaixonados ou pretendentes deixavam recados escritos pelas paredes, colados pelo caminho que elas iriam passar. Tinham que ser mensagens rápidas, para que lessem na passagem, caminhando.
Amores impossíveis
Divagando sobre ser muito curioso o fato de termos meios de comunicação super instantâneos (como o WhatsApp, por exemplo), que geram uma enorme ansiedade geral de receber uma resposta imediata do outro, vimos o quanto é fácil, atualmente, falar dos nossos sentimentos para outra pessoa; porém, isso serve apenas para quem tem uma posição social economicamente boa, uma cor que não seja discriminada e um relacionamento com o gênero contrário do seu.
Quem atende a todos esses requisitos pode namorar, ligar, mandar mensagem, andar de mão dada, beijar em público – caso contrário, sofre com uma comunicação limitada como na época lááá próxima da renascença. Falando assim até parece que estamos discutindo sobre uma minoria, mas não é verdade. São muitas as pessoas que não estão incluídas nesse protocolo de relacionamento.
Antes dos adesivos, começamos colando alguns trechos de cartas trocadas entre o Imperador e a Marquesa. “Nada mais digo senão que sou teu” a primeira reação ao ler essa frase colada no meio da cidade é “Quem está dizendo isso? Para quem? Quem precisa urgentemente ler isso? Quem precisava desesperadamente falar isso pra alguém a ponto de colocar essa carta aqui nessa parede?”, e é exatamente essa sensação que a gente queria causar em quem passasse pelos trechos das cartas trocadas entre o Imperador e a Domitila.
Depois de trazer esses primeiros questionamentos, começamos a colar os stickers com a seguinte pergunta: vc já viveu um amor impossível?, que faz as pessoas saírem da zona de conforto, por que ainda que cumpra todos os “protocolos de relacionamento” que falamos, dificilmente escapou de um romance coibido. Todo mundo já viveu um amor impossível – por distância, um amor de criança, pelo namorado da amiga, pelo primo ou prima. Então, ao serem questionadas sobre isso, é um momento (ainda que pequeno e não comparável) em que ela se insere no contexto do outro e sente um pouquinho da sensação que é amar e, de alguma forma, ser impedida de amar.
As histórias de amores impossíveis
A internet, ao mesmo tempo que aproxima, afasta. Vendo essa solidão sentida em meio a tanta gente e tantas conexões, sentimos a necessidade de conversar com a rua ainda mais e então colocamos uma cadeira no no centro de Porto Alegre, ligamos a câmera e as pessoas vieram espontaneamente contar seus casos reais de amores impossíveis. Essa ação nos mostrou que temos uma enorme carência de contato humano, de encostar no outro, de dizer palavras, de desabafar. As histórias podem ser vistas e ouvidas aqui:
Nos comunicamos muito com os fãs pela internet, pelas redes sociais, e entendemos isso como uma ferramenta sensacional, mas não exclusiva.
Amarramos nossas ações de rua em um lugar que todas podem se encontrar: no meio virtual, com a #CasoReal. Não temos mais controle do número de fotos postadas e nem de onde os adesivos estão sendo colados, pois todo mês enviamos envelopes por correio pra cidades do Brasil inteiro.
Depoimentos de um amor impossível
Nossas músicas estão em todas as plataformas pra ouvir grátis. Vc tem coragem de encarar a sua própria sombra?
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