Quem são os Sumérios de quem falamos na música…
Quem são os Sumérios de que falamos na música “Nessa Casa“? No decorrer da história mesopotâmica, os sumérios são considerados como a primeira civilização a ocupar os territórios entre os rios Tigre e Eufrates.
No quarto milênio antes de Cristo
As primeiras populações sumerianas teriam se deslocado do planalto do Irã até se fixarem na região da Caldeia, que compreende a Baixa e a Média Mesopotâmia. Provavelmente, Quish foi a primeira cidade fundada e logo foi seguida pelo surgimento de cidades como Eridu, Nipur, Ur, Uruk e Lagash.
NOVO ÁLBUM DA LÍTERA
Uma das mais significativas contribuições dos sumerianos está ligada ao desenvolvimento da chamada escrita cuneiforme. Neste sistema, observamos a impressão dos caracteres sobre uma base de argila que era exposta ao sol e, logo depois, endurecida com sua exposição ao fogo. De fato, essa civilização mesopotâmica produziu uma extensa atividade literária que contou com a criação de poemas, códigos de leis, fábulas, mitos e outras narrativas.
Por que os sumérios contavam com base no doze?
Medir é definir, numericamente, uma quantidade. Desde que tenhamos a unidade de medir definida, basta contar quantas dessas unidades são necessárias para medir o que desejamos. Por exemplo, podemos usar o metro para medir o comprimento uma peça de tecido. Digamos que, após comparar o metro com a peça, descobrimos que ela tem 8,5 metros, o que significa que contamos o metro oito vezes e meia. Portanto, o sistema de contagem que usamos é muito importante para determinar as medições.
Hoje usamos o sistema de contagem decimal, e o próprio Sistema Internacional de Unidades tem base decimal. Mas nem sempre foi assim, e ainda hoje existem grandezas que são contadas em base duodecimal (base 12). A medição de tempo é um bom exemplo. O dia tem vinte e quatro horas, e cada hora tem 60 minutos ou 3600 segundos. Não é difícil perceber que a base de contagem é o doze e não o dez.
Mas porque será que é assim?
Tudo indica que o sistema duodecimal começou lá na antiguidade, com os sumérios. Se os sumérios tinham dez dedos como todo mundo, porque não contavam as coisas com base no número dez, como fazemos hoje? É que eles tinham um jeito peculiar de contar.
Quando contavam, eles moviam o polegar da mão direita sobre as falanges dos outros quatro dedos. Cada dedo tem três falanges, então era possível contar até doze em uma mão. Já a mão esquerda era usada para contar quantas mãos direitas tinham sido completadas na contagem. Cinco dedos da mão esquerda vezes doze falanges da mão direita, e temos o número sessenta, até hoje usado como base de contagem para medidas de arcos e ângulos, além de tempo.
É claro que existem explicações mais pragmáticas, como o fato de o número sessenta ser divisível por um, dois, três, quatro, cinco e seis, o que facilitava os cálculos. Além disso, o ano solar tem doze ciclos lunares. Seja como for, essa antiga herança dos sumérios permanece até os nossos dias nas contagens comerciais, e sempre que comprarmos uma dúzia de qualquer coisa nos lembraremos deles.
História da Civilização Suméria
Os Sumérios foram uma das primeira civilizações de que se tem notícia, mas a sua importância histórica não pára aí. A eles são atribuídas duas grandes invenções: a da escrita e a da roda, ambas a cerca de 6000 anos atrás.
A sua escrita
Era de uso particularmente da elite, principalmente dos sacerdotes e escribas. Ela era gravada em tabletes de argila com uma pinça em forma de cunha, e por isso recebeu o nome de escrita cuneiforme. Já a roda, outra grande invenção sumeriana, permitiu a eles desenvolverem carros de combates, que eram puxados por cavalos. Ainda sobre sua arte militar, eles usavam lanças, ou dardos de combates, além de armaduras feitas com o bronze extraído das montanhas.
Legado Sumério
Mas seu legado não pára por aí. Eles ainda criaram diques e barragens que impediam enchentes e inundações nas cidades, e ainda escoavam a água través de canais para as lavouras afim de expandir mais suas cidades, que cresciam depressa.
Sua arquitetura concentrava-se, principalmente, na construção de templos em forma de pirâmides chamados zigurates. Os zigurates geralmente era usados para reverenciar algum deus ou rei.
Curiosidades
- Os sumérios foram os precursores da tábua pitagórica, raízes quadradas e cúbicas, frações com numerador 1, pi com valor de 3, bem como do sistema sexagesimal, que originou conceitos usados até hoje, como a hora de 60 minutos e ângulo de 360 graus.
- Aprenderam e transmitiram conhecimentos múltiplos, os quais influenciaram na formação de toda a civilização sumeriana.
- Como bons comerciantes, os sumérios foram bastante dedicados à matemática. Há registros de transações comerciais envolvendo crédito, empréstimo e pagamento de juros mesmo sem sistema de cunhagem de moedas.
- A matemática dos Sumérios era utilizada para controlar as águas dos rios Tigre e Eufrates.
- Os Sumérios desenvolveram três sistemas de contagem:
- O da base de 5
- O da base de 12
- E o da base de 60
Na mão direita se contavam os falanges de 12 em 12
- Foram os Sumérios que inventaram os primeiros números conhecidos na historia.
- Os algarismos eram representados através de marcas em placas feitas de barro cozido.
- Os sumérios foram os primeiros a ter um simbolo para o número 1, o primeiro registro concreto de que uma civilização estaria usando a matemática. Isso foi perto entre 10.000 e 5.000 anos antes de cristo na região onde hoje é o Iraque.
O atual Iraque
Os Sumérios foram o primeiro povo a habitar a região da Mesopotâmia, o atual Iraque, compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. O motivo da sua chegada ainda é ignorado, mas provavelmente tenha sido a falta de comida e água, já que os Sumérios viviam como nômades vagando pelo Planalto do Irã e no alto dos Montes Zagros.
Entre os rios Tigre e Eufrates
Além da água e comida encontradas em abundância na região, outro fator que explica a sedentarização dos Sumérios era a segurança com que viviam na Mesopotâmia, pois aquela área é cercada por algumas cadeias montanhosas ao norte e à oeste, pelo Golfo Pérsico ao sudoeste, e pelo deserto da Síria ao sul e leste. Isso os dava uma grande proteção a ataques de outros povos que viviam nas proximidades dali.
O povo responsável pelos primeiros templos e palácios monumentais
O povo responsável pelos primeiros templos e palácios monumentais, pela fundação das primeiras cidades-estado e provavelmente pela invenção da escrita (tudo no período de 3100 a 3000 a.C.) são os Sumérios. Os primeiros sinais escritos são pictográficos, de modo que podem ser lidos em qualquer idioma e não se pode inferir de que idioma eles vieram especificamente. Um pictograma para flecha, por exemplo, quer dizer flecha em qualquer idioma. Alguns séculos mais tarde, entretanto, estes sinais foram usados para representar valores fonéticos sumérios e palavras sumérias.
A palavra suméria para flecha
O pictograma para uma flecha passa a ser usado para representar ‘ti’, a palavra suméria para flecha, e também para o som fonético ‘ti’ em palavras não relacionadas com flecha. Portanto, em geral supõem-se que os sumérios foram também responsáveis pelos sinais pictográficos, possivelmente com grande influência dos elamitas.
As primeiras tabelas são predominantemente de natureza econômica
Se os sumérios não são aqueles que na realidade inventaram a escrita, então no mínimo eles são responsáveis por rapidamente adotar e expandir a invenção da escrita para servir às suas necessidades de contabilidade.
“Nessa Casa”
(André Neto)
Tupã é um Deus trovão, abismo, me ajude!
No supermercado, quem agora Deus sou eu?
Pro ego Deus não pode duvidar
E a geladeira, vazia com um pote de ketchup,
um de mostarda, quem agora Deus sou eu?
Melhor pro Kant que não pode duvidar
O de ketchup tava no fim, a mostarda ta na metade
nessa casa não tem nada pra jantar
Caixa postal, a carta simples chegou registrada
com uma saudade que entra sem bater, não tenho saco se ninguém me visitar
E os Sumérios, que gente louca com seu jeito de contar
Entre o rio Tigre e o Eufrates, que tanta gente fome não pode “ratiar”
Escolher aquilo que vai comer
A fome de quem não sabe se vai ter que comer
Do primeiro ao último suspiro
e se sabe o que come
quem vai saber?
O de ketchup tava no fim
A mostarda tá na metade
nessa casa não tem nada pra jantar
Lançando o álbum Arquétipos – O encontro com a sombra
São 12 canções baseadas nos sonhos, estudos e memórias de C. G. Jung, codificador da psicologia analítica. As composições falam sobre arquétipos, signos, símbolos e o encontro com as nossas sombras. Traçam a jornada do anti-herói no cotidiano, o inconsciente coletivo e a busca de si mesmo. Isso não é um conceito.
Nossas músicas estão em todas as plataformas pra ouvir grátis.
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